LOUVEIRA: Administração quer torrar o ‘lucro’ de 2013
A Prefeitura Municipal de LOUVEIRA enviou para a Câmara Municipal da cidade cerca de 15 Projetos de Lei reivindicando verbas para diversas áreas da Administração Pública. A FOLHA NOTÍCIAS leu todos os projetos e mostra para o leitor onde o prefeito Júnior Finamore pretende gastar R$ 53.330.000, (isso mesmo, cinquenta e três milhões) parte considerável do superávit de 2013, que chegou a R$ 107 milhões. Só para entender: são R$ 107 milhões que ‘sobraram’ nos cofres da Prefeitura em 2013, o maior ‘lucro’ da história. Vale lembrar que no início do ano ele já havia pedido a liberação de mais R$ 20 milhões em verbas adicionais para a Câmara, e os vereadores, cederam gentilmente, sem perguntas. Ou seja, só em 2014 o prefeito já pediu mais de R$ 70 milhões em verbas além do aprovado em Orçamento. Além disso, em tese, nenhuma das obras prometidas foi entregue. Tudo que a Administração Júnior fez até agora, foi continuar obras que haviam sido iniciadas na gestão do falecido prefeito Dr.Eleutério em 2011, há extamente 3 anos.
UM PARQUE PRA CHAMAR DE SEU
Entre os destinos de verba estão diversas desapropriações. Algumas delas para a construção de escolas, unidades de saúde, casas populares, caixas d’água e até mesmo um parque. Esse último chamou tanto a atenção dos vereadores que o presidente da Câmara, Estanislau Steck, decidiu que convocará uma Audiência Pública para decidir sobre a desapropriação da área.
Segundo o que o vereador apresentou durante sua fala na última sessão, o parque se estenderá da atual Área de Lazer do Trabalhador até o rio Capivari, próximo ao Centro. Como o próprio vereador afirmou, esse projeto interferirá na vida de muitas pessoas. São moradores, donos de empresas e funcionários que podem da noite para o dia se ver sem saída. Imagine perder o emprego porque o local onde você trabalha vai fechar para a construção de uma obra faraônica que só agradará ao próprio prefeito. Sabe-se que
carece de uma área maior para lazer, mas construir um empreendimento desse porte mudando a vida de tanta gente tem que ser muito bem estudado. Se bem que aparentemente Finamore não se importa em tomar medidas impopulares. Basta ver o trânsito do Bairro Santo Antônio. Mas, ao que parece, esse é só um parque para chamar de seu. E o pior, as obras começaram sem ao menos ter autorização dos orgãos ambientais competentes.
OS PROJETOS
Além das desapropriações, a verba será destinada para implantação do programa ‘Mutirão da Saúde’, aquisição de exames para pacientes, cobertura das despesas com eventos esportivos, manutenção da Secretaria de Administração, cobrir gastos dos eventos e festividades do calendário 2014, aquisição de insumo para o projeto ‘Coleta Seletiva’, cobrir os gastos do serviço público devido ao aumento de demanda, aumentar os gastos para captação de água, ampliação da rede de distribuição e adutoras, compra de uniforme e material escolar tanto para escolas quanto para a própria Prefeitura. Com isso, é possível entender que a atual Gestão não sabe calcular seus gastos futuros. Embora tenham alegado o aumento na demanda de serviços, esse tipo de gasto deveria ter sido calculado, uma vez que, caso os vereadores não aprovem toda ‘essa montanha de dinheiro’, os serviços à população ficarão comprometidos.
A SANTA CASA É NOSSA
Em 2013 a FOLHA NOTÍCIAS publicou uma matéria onde se afirmava que o local onde a expansão da Santa Casa de LOUVEIRA foi feita não pertence à Prefeitura, e que por isso o novo prédio do hospital não poderia ter sido construído com verba pública. Na época, ninguém quis se manifestar sobre o assunto preferindo o silêncio. Mas parece que agora a Administração acordou. O projeto de Lei 49/2014 trata exatamente desse assunto. A Prefeitura solicita liberação de R$ 5 milhões para a compra da área da Santa Casa. Com isso, uma parte dessa longa história parece se resolver. E finalmente a expansão seja realizada e entregue para a população não sofrer tanto com as filas de atendimento, e tenha uma UTI e salas de cirurgia para operações de maior complexidade, sem depender das cidades vizinhas.