Coluna Louveirando: Amo rosa, amorosa

Publicado em 19/08/2017

Não é banalidade falar de flores nesses tempos tão violentos, especialmente dessa rosa amarela, citada em conversa com minha amiga Helenice Medeiros, por causa da cor amarela, que é a cor de que nós, eu e ela, mais gostamos. Helenice é esposa do meu amigo querido Luiz Claudinei da Silva, pessoa com um amor especial pelas plantas e justamente por isso cuidava das roseiras e das demais plantas que compunham o jardim da casinha de madeira, a nossa casa espírita em seu antigo local. Para quem conhece história, a violência sempre esteve presente na humanidade, com mais ou menos rigor, dependendo da época, mas hoje com a velocidade da comunicação, tudo parece chegar ao vivo em nossas casas e, na verdade muita coisa é ao vivo mesmo. Mas assim como chegam as imagens violentas, também é possível que cheguem as imagens de mansuetude, a das flores por exemplo, exemplificando com essa rosa amarela, aqui da nossa querida LOUVEIRA. Mesmo em uma rosa amarela tão delicadamente forte, se nota uma formiga saúva que com certeza a verá como um alimento apenas, coisas da natureza que, em sua sabedoria, encontra sempre uma maneira de equiparação das coisas. Quase todo mundo que conheço, gosta de flores, eu gosto também, mas as prefiro em jardins do que em vasos, mesmo achando os vasos bonitos, fato que não impede que elas murchem de maneira tão triste, pois no jardim não se percebe essa tristeza, porque aparentemente estando elas ao ar livre, essa tristeza se dissipa no ar. Em LOUVEIRA, como em toda parte há violência, o que difere de lugar para lugar é a maneira com que se lida com isso, nesse ponto as nossas atitudes podem ser determinantes para a amenização dessa violência, e, um bom começo seria determos mais os nossos olhos nas flores ou em imagens com maior teor de candura. As rosas, ao que parece sempre existiram e, devem ser as flores mais famosas em toda a história, cabe então retermos nossas homenagens a elas, assim como elas homenageiam muitas vezes as vítimas da violência.