Coluna Louveirando – Louveira, Louveira, Louveira

LOUVEIRA, LOUVEIRA, LOUVEIRA

Eu gosto? Se eu me comporto como um cidadão de bem, sim. Mas isto basta? Se eu somente fizer o que seja obrigação, então esse meu gostar é um gostar morno, pois não vou além, não uso todas as minhas possibilidades diante dos meus direitos e deveres. Tu gostas? Bem, isso somente tu podes responder, mas os demais cidadãos podem observar o teu comportamento e, de acordo com a visão de cada um, podem fazer um juízo do teu gostar. Ele gosta? Dependendo do tom, dá a entender que responsabilizamos o próximo para que seja o cumpridor de todas as normas e leis, e que a gente – indivíduo – não tem tanta obrigação assim no que diz respeito a deveres, mas quando o assunto é direito, aí a gente se sente todo poderoso, e, em alguns casos, no direito até de ser mal educado; quando não nos atendem de acordo com o nosso sentimento de merecimento. Nós gostamos? O ‘nós’ já complica um pouco, pois de alguma forma coloca cada um dentro da terceira pessoa do singular e, por me incluir também, cabe aqui uma reflexão sobre a individualidade da responsabilidade, embutida no coletivo aparentemente indefinido. Vós gostais? Aqui também dependendo da entonação soa como um misto de arrogância e acusação, mais que uma simples pergunta, pois passa a impressão de que o outro, sempre o outro terá que ser um bom cidadão, e para isso deve deixar de exigir os seus direitos. Quem usa ‘vós’, fato raro também, usa-o com a empáfia dos soberbos por se acharem naturalmente cultos, eruditos. Eles gostam? Pelo que vi da festa, da animação e do comportamento dos presentes, acredito que eles tenham gostado muito, pelo menos no que diz respeito à comemoração. A nossa LOUVEIRA completou mais um ano de emancipação (52), mas se considerarmos desde o seu nascimento, ela é bem mais velha e, tenho certeza, se eternizará nos corações de todas as pessoas que conjugaram o verbo gostar. Tudo isso foi comemorado na Área de Lazer do Trabalhador com muita gente e shows e eu que estive presente e gostei bastante, principalmente dos papos e dos abraços recebidos. Vi muita gente feliz num mesmo objetivo, mas sei também que haverá críticas, eu de minha parte elogiarei a festa pela festa e pelo motivo da festa e, por ser democrático deixarei a cada um o direito de opinar.

Trilha Sonora / Tá ruim, mas tá bom / Gilberto e Gilmar

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