Coluna Louveirando – Não era o Papai Noel
A celebração do Natal de Jesus foi instituída oficialmente pelo Papa Libério, no ano 354 d.C, século IV. Muitos séculos depois, as luzes e os enfeites anunciam o Natal aqui em LOUVEIRA, falo das luzes e enfeites da cidade, mas gostaria também de falar das luzes e dos corações enfeitados para o Natal. LOUVEIRA, assim como toda cidade, sempre será a imagem ou o reflexo do que seu povo é, com todas as variantes que cada população tem, sendo que pelo que observo, nossa cidade é uma boa cidade com alguns picos de ótima cidade.
Dezembro pode ser um mês de reflexão sobre o que de fato fizemos durante os meses anteriores, então poderíamos olhar no espelho, aquele que reflete o íntimo de nossas almas, e assim analisarmos de maneira profunda e corajosa, como está escrito na parábola do semeador, onde colocarmos as nossas sementes.
“Naquele dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à borda do mar. E vieram para ele muita gente, de tal sorte que, entrando em uma barca, se assentou, ficando toda a gente de pé na ribeira; e lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis aí que saiu o que semeia a semear. E quando semeava, uma parte das sementes caiu junto da estrada, e vieram às aves do céu, e comeram-na. Outra, porém, caiu em pedregulho, onde não tinha muita terra, e logo nasceu, porque não tinha altura de terra. Mas saindo o sol se queimou, e porque não tinha raiz, se secou. Outra igualmente caiu sobre os espinhos, e crescendo os espinhos, a afogaram. Outra enfim caiu em boa terra, e dava fruto, havendo grãos que rendiam a cento por um, outros a sessenta, outros a trinta. O que tem ouvidos de ouvir, ouça”. (Mateus, XIII: 1-9 )
Acredito que este texto de Mateus possa ser um parâmetro para toda criatura da Terra, independente de religião, pois a todo final de dia, poderíamos analisar em frente ao espelho, onde fomos colocando as nossas sementes, desde o amanhecer até o anoitecer.
Vendo essa cena, da foto, da Igreja São Sebastião em LOUVEIRA, me lembrei do Papai Noel descendo pela chaminé, mas logo percebi que não se tratava de uma chaminé e, também com um pouco de dúvida, que não era o bom velhinho. Saibamos então colocar as barbas de molho, quando necessário, e que tenhamos a dignidade de agradecer pela vida, nossa e do irmão. Saia mais por aí e cumprimente ‘qualquer um’, deseje, se não de coração, pelo menos da boca pra fora, com um sorriso, um Feliz Natal para aquela pessoa que você diz com os olhos que não gosta dela. Plante na casa do vizinho um olá e um bom dia e eternize isso em seu coração, mesmo que o vizinho somente perceba isso daqui a três anos.
LOUVEIRA está mais brilhante neste Natal, falo de um brilho que ‘alumia’ a alma, que aquece o coração, fazendo a gente gostar até de jiló – sei – a Cidinha Galvão gosta mesmo não sendo Natal. Neste natal empreste uma ferramenta inútil ao seu melhor amigo, garanto que ele por ser seu amigo arranjará uma utilidade para a ferramenta. Utilize suas milhas de voos noturnos para visitar seu vizinho da última casa da rua, conte para você mesmo e coloque no whatsapp sem querer – para que todos saibam – sem querer também que você é humano e precisa de pessoas ao seu redor as vezes e outras vezes sempre. Vá à Missa, ao Centro Espírita, a Sinagoga, ao Templo Evangélico, etc, mas vá de coração limpo, vá com a certeza de estar no lugar certo, no lugar que um coração limpo, guiado por Deus, sempre nos coloca. Não tenha medo de ser ridículo, opa, isso é para o ano novo, estamos no natal ainda. Comemore a sua saúde e a dos amigos, pois os inimigos, se houver, a gente sempre os vê melhores que nós, pois se assim não fosse, eles não chamariam tanto a nossa atenção. Agradeça a mesa farta com tantas mãos na hora em que se diz ‘a ceia está servida’, e ouça a alegria dos corações irmanados sob seu teto.
Trilha Sonora / Oração de São Francisco / Fagner