Coluna Louveirando – Vamos falar de circo
Vamos falar de circo
A palavra circo pode significar muitas coisas, desde significados construtivos, quanto pejorativos, mas o que interessa no momento são os adjetivos construtivos, aqueles que enobrecem toda e qualquer profissão, como a de palhaço, por exemplo, outra palavra que pode ser usada para designar um bem ou um mal, no caso do bem, alegria e dedicação por exemplo.
Eu não sou um grande apreciador de circo, e, embora tenha ido algumas vezes, nunca foi a minha primeira opção de lazer e entretenimento, pois minha primeira opção sempre foi o esporte, se for vôlei então, nem se fale. Aqui em LOUVEIRA, nos dias atuais, há um circo em atividade, ao que parece, não faz tanto sucesso de público, embora ele exista e esteja atuante, a criançada de hoje prefere um joguinho eletrônico.
Nos meus ‘louveirares’ por aí, ainda vejo, ouço, resquícios das eleições passadas. Alusões a muita coisa, mas ao que parece nada de mais relevante, aguardemos. Claro que tem dizeres verdadeiros sobre como seria ‘se’. Mas como seria ‘se’ já foi questionado em todas as eleições, mas… e, por não ter como prever o ‘se’ usei o ‘mas’. Será possível imaginar que algum concurso público, desses realizados Brasil afora, alguma vez tenha nos feito de palhaços? Também aqui usado no sentido pejorativo. Sobre isso, ‘hoje tem marmelada’, diria o palhaço. Aguardemos também. Me sinto falando com a ‘Vivo’, quando uso ‘aguardemos’, e, se tivesse que atribuir uma nota ao final da ligação, qual seria a nossa para quem organiza concursos? Opss, escapou, digo, para a Vivo.
Ao observar, o circo, com prestimosa atenção, ele me pareceu tão distante da nossa realidade atual, tão avesso a nossa tecnologia, talvez, por acreditar que o poder das graças do palhaço suplantem, ainda que por alguns momentos, o picadeiro eletrônico. Será que o palhaço anda entre nós quando não está no picadeiro e nós não tomamos conhecimento? Pode ser! Mas como reconhecer o que não conhecemos, pois se não vamos ao circo, a chance de reconhecer um palhaço, descaracterizado na rua é quase nula. Eu, se o reconhecesse, pagaria um café para ele, um café coado, não um de máquina, ou será que ele, fora do picadeiro prefira um café tecnológico – de máquina – eis uma boa pergunta.
As palavras são insuficientes muitas vezes, e suficientes outras vezes, por isso estou escrevendo tudo isso, por ser minha maneira de ver, pelo menos neste momento, as coisas sobre as quais falei de LOUVEIRA. Esta mesma LOUVEIRA que ouve ao apito do trem de carga, do sino da igreja anunciando os mortos, que sente a ventania das chuvas de verão sem medo. Quisera eu não sentir mais medo das ventanias! Eu acredito que os circos sejam eternos, estou falando dos circos mais tradicionais, iguais a esse da foto, foto esta tirada, desta vez, com um celular. Observando bem, o circo tem um ar melancólico olhado de fora, parece que está ali fincado num chão, que embora não seja seu, lhe pertence. Onde se encontra marmelada aqui em LOUVEIRA, ou você prefere goiabada? P.S. Vale registrar que o circo Tareco está eternizado em meu coração, não é mesmo minha tão querida amiga Kuka?
Trilha Sonora / O Bom Menino / Carequinha