VINHEDO: Funcionários da Unilever rejeitam proposta e decidem manter greve
Os funcionários da Unilever, unidade de VINHEDO, decidiram seguir em greve após rejeição da proposta feita pela empresa na audiência de mediação feita pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15), em Campinas (SP). A categoria protesta há 15 dias contra o anúncio de 130 demissões decorrentes de terceirização na logística e modernização em processos, segundo o Sindicato dos Químicos.
De acordo com o diretor da entidade, Diego Francisco Henrique, a continuidade do protesto teve adesão de pelo menos 100 trabalhadores da área de logística, na tarde desta quarta-feira (11). O Sindicato defende manutenção dos empregos e diz que as mudanças devem reduzir salários. “Vamos apresentar uma nova proposta na terça-feira (17). Ela ainda será construída“, falou o sindicalista. Nesta data, às 15h30, deve ser realizada nova mediação no TRT-15.
PROPOSTAS:
A empresa, por outro lado, defende que os desligamentos fazem parte de um programa que visa a reestruturação com intuito de “manter a fábrica de VINHEDO competitiva por meio de ganho de eficiência no processo produtivo e da especialização da área de logística.”
Entre os itens propostos pela empresa aos funcionários que serão demitidos estão:
- nove meses de extensão do plano de saúde, a partir do desligamento;
- 20% do salário para cada ano de vínculo na empresa, a título de indenização pelo desligamento;
- auxílio na recolocação profissional
Além disso, a Unilever sugeriu adiantamento salarial caso a greve fosse encerrada. A assessoria da empresa informou, em nota, que continua à disposição para negociações e defende diálogo.
CONFUSÃO:
No sábado passado (7), três integrantes da entidade foram detidos após bloqueio da entrada da Unilever e uma confusão na Delegacia de VINHEDO. De acordo com a Polícia Militar, a empresa obteve uma liminar judicial para que os funcionários não sejam impedidos de entrar na unidade e, por causa do descumprimento, os sindicalistas foram levados para a unidade de segurança.
Inconformado, um grupo foi até a Delegacia para protestar contra a medida e houve um princípio de confusão. Em nota, a Unilever alegou que sempre esteve à disposição para “obter a melhor forma de negociação com o Sindicato tendo, inclusive, apresentado propostas que sequer foram repassadas aos empregados“. Além disso, a empresa, lamentou a confusão ocorrida no sábado.
“A Unilever Brasil lamenta profundamente o ocorrido e reforça que a sua maior preocupação é garantir a segurança e o direito de ir e vir de seus funcionários. Sempre disposta a negociar, a companhia informa que, diante dos fatos, pediu à Justiça do Trabalho uma mediação“, diz texto.