GERAL: Dia Nacional Da Mamografia
Hoje, 5, comemora-se o dia Nacional da Mamografia. A data foi aprovada há dois anos pelo Projeto de Lei da senadora Maria do Rosário para realçar a importância da mulher realizar o exame para a detecção precoce do câncer de mama. Muitas mulheres já batalharam contra o câncer de mama, alguns exemplos são atrizes, cantoras, apresentadoras ou ícones da mídia como Patrícia Pillar, Elba Ramalho, Arlete Salles, Joana Fomm, Sheryl Crow, Shannen Doherty, Brigitte Bardot, Jane Fonda, Costanza Pascolato e Joyce Pascowitch que venceram a batalha, e para muitas delas, o maior fator de peso para o bom desempenho do tratamento foi o diagnóstico precoce da doença através da mamografia. O autoexame também é importante, mas não substitui a mamografia.
Porém, nem todas as mulheres tem o costume de ir ao ginecologista, e evitam fazer o exame com receio de sentir dor e até mesmo medo de receber um diagnóstico positivo em relação à doença. Para os especialistas, a dor é relativa e passageira, e nem todas as mulheres sentem dor ou desconforto no exame, mas é um pequeno desconforto que pode salvar vida, comenta a ginecologista Lilian Fiorelli. Em relação ao medo, a doutora “por mais assustador que seja receber esta notícia, em muitos casos, a doença é detectada no início, o que beneficia muito o tratamento. Ademais, a medicina está avançada e os casos de cura completa têm sido cada vez mais frequentes”. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no segundo semestre de 2015, quase 40% das mulheres entre 50 e 69 anos não fizeram mamografia em 2011 e 2012, e o índice é maior quanto menor é o grau de escolaridade: entre as que não têm qualquer instrução ou têm o ensino fundamental incompleto, 49,1% deixaram de fazer o exame, já entre as que têm ensino superior completo, a taxa caiu para 19,1%.
O câncer de mama é um dos mais comuns no Brasil e no mundo, e incentivar a sua prevenção é importante, já que em 2013 mais de 14 mil mulheres morreram por conta da doença no país, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (Sim) do Instituto Nacional do Câncer (Inca). “O trabalho ainda é grande para desmistificar algumas informações e reforçar a importância da prevenção, que deve ser feita de forma contínua”, avalia a ginecologista.
A doença é mais rara antes dos 35 anos e acima desta idade sua incidência cresce de maneira progressiva, especialmente após os 50 anos e a indicação é que mulheres a partir dos 40 anos comecem a fazer o exame de mama anualmente. “Mas as que têm histórico de câncer de mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), devem realizar o exame antes dessa idade, pois o risco de câncer de mama pode ser maior”, explica Lilian. Vale ressaltar que antes dos 35 anos, a ultrassonografia de mamas pode ser mais indicada, já que a densidade das mamas dificulta a visualização de lesões na mamografia. Lilian alerta também que o câncer de mama não é exclusividade das mulheres. “Embora representem apenas 1% do total de casos da doença, os homens também podem desenvolver o câncer. Para ambos os casos, a melhor prevenção é fazer acompanhamento rotineiro com seu médico”.
Para a realização do exame existem dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e o digital. Ambos utilizam o raio-X para a produção da imagem da mama, a diferença está na forma como ocorre a captação da imagem. No convencional a imagem é armazenada em um filme e caso haja algum problema técnico com o filme, este terá que ser refeito. Na digital, usa-se um detector que transforma os raios-X em sinal elétrico e transmite a informação para um computador. Assim, a imagem mamográfica pode ser armazenada e recuperada eletronicamente, além de permitir ao radiologista ajustar as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área, para melhor analisá-la.
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