LOUVEIRA: Abandonada, primeira Subestação de Energia do País vai ser restaurada
Abandonada por mais de 15 anos, a primeira Subestação de Energia Elétrica da América Latina, situada no Centro de LOUVEIRA, finalmente, vai ser restaurada. O anúncio da recuperação da Estrutura da Subestação Engenheiro Francisco de Monlevade aconteceu nesta semana. Depois da reforma da Estação Ferroviária, a Prefeitura de LOUVEIRA conseguiu efetivar um novo convênio com o Governo do Estado e com o Governo Federal, conquistando uma verba do Governo do Estado de cerca de R$2.7 milhões de reais junto ao FID (Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos). .
Perto de completar 100 anos, o local ficou na memória dos louveirenses pela imponência do prédio principal e pela beleza dos jardins de estilo inglês. O amplo espaço, localizado em frente ao Estádio Municipal, abriga residências, um galpão principal com maquinário norte-americano e um busto em homenagem ao engenheiro Francisco Paes Leme de Monlevade, que dá nome à subestação. A Prefeitura está fazendo o restauro e as adequações para receber a população em um espaço cultural de valor histórico e arquitetônico.
SETOR DE CONVÊNIOS
Em 2013 a Prefeitura implantou um setor de convênios que busca verbas do Governo do Estado e Federal para os mais diversos investimentos. Desde então a Prefeitura conquistou cerca de R$20 milhões em recursos que são investidos em obras como o novo CRAS, saneamento, pavimentação, área verde, restauros etc. Os serviços de convênios também atendem o Terceiro Setor, através de parcerias com entidades sem fins lucrativos que promovem ações de acolhimento de crianças, idosos entre outras.
UM PATRIMÔNIO QUASE CENTENÁRIO
O restauro é parte da segunda etapa do plano de preservação do Complexo Ferroviário de LOUVEIRA, que inclui a Estação e a Subestação, ambas tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).
Construída em 1921, a Subestação foi a primeira a ser construída no País e na América Latina, e gerava energia para as locomotivas elétricas do trecho Campinas- Jundiaí, uma tecnologia inovadora para a época. Após a mudança para o diesel, a subestação deixou de funcionar, sendo totalmente desativada em 1999. Desde então, a preservação do patrimônio era feita por ex-funcionários da antiga Fepasa, voluntários, e moradores das casas próximas da Subestação. Em 2013, o Governo Junior Finamore proibiu a entrada dos voluntários e ex-funcionários no prédio principal da Subestação, alegando que “não havia como manter a integridade e segurança das pessoas que ali frequentavam”. O local ficou fechado e alvo de depredações, vândalos e ladrões que levaram parte do patrimônio peças de máquinas e motores raros com quase 100 anos.

Antes de 2012 haviam voluntários que tomavam conta do local. Hoje, parte do patrimônio sumiu

Atualmente, parte do material e maquinário histórico foi depredado e roubado

Estrutura era conservada por ex-funcionários da Fepasa e voluntários até 2012