LOUVEIRA: Apae é inaugurada no município

Foi inaugurada hoje, terça-feira (19), a sede louveirense da Associação dos Excepcionais (Apae) de LOUVEIRA, que fica na Rua Nicola Argentieri, Vila Bossi, no Centro. A inauguração contou com um grande público formado por pais, políticos, advogados, secretários municipais, e a presença do presidente da instituição, Geilson Santos Flores, e de Marcelo Alduíno, presidente Estadual das Apaes de São Paulo, além do prefeito Júnior Finamore.

GARANTIR DIREITOS
Abrindo as falas, Marcelo Alduíno lembrou que o principal atendimento oferecido pela Apae é a garantia dos direitos da pessoa com deficiência e facilitar o acesso a todas as políticas públicas adotadas para a pessoa deficiente. “A missão da Apae é quase que sublime porque traz esperança para as famílias que possuem pessoas com deficiência. É um trabalho muito mais abrangente do que aparenta”, observa Marcelo.

SETEMBRO VERDE
O presidente Estadual das Apae de São Paulo falou da importância de se ter instituído o Setembro Verde, mês de conscientização a respeito da inclusão da pessoa com deficiência. E enfatizou que a grande mudança que deve ser processada ocorre na esfera mental, mudança de mentalidade, mudar as mentes, mas sem esquecer de mudar também o coração.
Já o prefeito de LOUVEIRA, Júnior Finamore, em seu breve discurso citou do crescimento da cidade, apesar de ter uma população pequena, e lembrou da Amalo (Associação Amigos dos Animais de LOUVEIRA) e a Cielo (Clinica Interdisciplinar Educacional de LOUVEIRA), que cuida de deficientes intelectuais e autistas, culminando agora com a chegada da Apae de LOUVEIRA.

HUMANIZAR
Finamore comentou que o Executivo Municipal não tem braços suficientes para arcar com todas as demandas da sociedade, portanto é muito importante a organização da sociedade civil trabalhando junto com o Poder Público. Em sua opinião, o prefeito de LOUVEIRA disse que as pessoas com deficiência são importantes também para humanizar a sociedade para que esta atue com com mais qualidade e mais humanidade. “Espero que outras entidades apareçam na cidade para caminharmos juntos nesse sentido”, acredita.

VIZINHOS
A FOLHA NOTÍCIAS esteve conversando com a coordenadora técnica da Apae de LOUVEIRA, Ivone Teixeira, para saber como se deu o processo de instalação da mais nova Apae do Estado de São Paulo. “Tudo começou com alguns pais de deficientes que procuraram a a secretaria Municipal da Saúde de LOUVEIRA demandando uma assistência local para os seus filhos especiais, haja vista que os mesmos eram levados para cidades vizinhas, como VINHEDO, Jundiaí, VALINHOS, Itatiba. O contato inicial foi com o Fernando, que é diretor do UAC, e com a Vera, da Secretaria da Saúde”, lembra Ivone. “Como trabalho há sete anos na Apae de Campo Limpo, o Fernando entrou em contato comigo e me convidou para conversar com aqueles pais das crianças especiais, sendo 32, e no final das conversas ficaram 15 pais que toparam formar uma diretoria de forma voluntária. Então, foram realizadas as eleições da diretoria e teve início a construção jurídica e física da Apae LOUVEIRA. Para tanto, trabalhamos durante seis meses informando ao comércio local sobre o objetivo de implantar a Apae no município é assim obtermos recursos”, revela Ivone.

AMPLIAR ATENDIMENTO
Segundo a coordenadora técnica, a Apae de LOUVEIRA tem capacidade para atender de imediato os 15 pais que acreditaram no projeto de atendimento, mas a tendência é ampliar os assistidos. “Hoje temos uma equipe técnica definida, móveis, doados pelo comércio, equipamentos, utensílios, e o local sede da Apae, para o trabalho com deficientes intelectuais e autistas, além de várias síndromes, como a síndrome de Down. Aqui atendemos um público que vai de 0 a 110 anos, desde o bebê, a criança, o adolescente, o adulto e o idoso no horário das 8 às 17h com terapia individual por meia hora com pessoas especialistas como psicólogo, pedagogo, fisioterapeuta, etc. Os menores de dez anos ficam por quatro horas enquanto os maiores cumprem meia hora de terapia com cada especialista”, esclarece Ivone.

DÉFICIT X DEFICIÊNCIA
O ingresso na Apae se dá através de avaliação realizada pela equipe técnica com cada pessoa para saber se é deficiente intelectual ou se tem apenas um déficit de aprendizado. Para Ivone, as pessoas com deficiência intelectual, como qualquer outra, deve ser tratada com todo respeito e carinho. Por isso é muito importante o trabalho com a família para que o deficiente tenha em casa uma continuidade do ambiente que vivenciou na Apae. “Nós fazemos visitas às famílias, conversamos com os pais, sempre abordando o aspecto da prevenção. Trabalhamos com campanhas, folheteria, palestras e debates em escolas, eventos, repartições públicas, clubes, associações, sindicatos, etc.” informa.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
A questão da alimentação também é abordada no trabalho da Apae. “Orientamos para um tipo de alimentação saudável que garanta a saúde da pessoa desde a fase uterina. E a criança ao receber essas informações e praticá-las, leva as informações para a sua casa”, garante Ivone Teixeira.

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