LOUVEIRA: ‘CEI das Desapropriações’ vai pedir prorrogação por mais 30 dias
A ‘CEI das Desapropriações’, Comissão Especial de Investigação que apura os supostos esquemas na compra de 51 áreas pela Prefeitura de LOUVEIRA, sem critérios ou planejamento, no valor de mais de R$ 80 milhões, está sendo prorrogada pela segunda vez. O vereador Nilson Cruz (PSD), presidente da Comissão irá solicitar prorrogação no prazo dos trabalhos por mais 30 dias, em requerimento a ser apresentado na próxima sessão da Câmara de LOUVEIRA, a ser realizada na terça-feira, 20. A prorrogação, de acordo com Nilson, é necessária porque a Câmara não enviou os documentos referentes à contratação da empresa Botânica Engenharia, que fará a avaliação dos valores pagos nos imóveis desapropriados pela Prefeitura de LOUVEIRA entre 2013 e 2016.
A solicitação da documentação foi feita em 5 de fevereiro e até a manhã desta sexta, dia 16, a CEI não havia recebido os papéis referentes ao contrato do perito. A CEI irá reiterar o pedido de entrega dos documentos à presidência da Câmara, com prazo de 48 horas. Durante a reunião, Nilson afirmou que o prazo de 30 dias é suficiente para o encerramento dos trabalhos após a entrega do relatório do perito. O presidente disse, ainda, que não será necessário convocar ninguém para depor.
Além do presidente, a reunião contou com as presenças dos vereadores Luiz Rosa (PMDB), Helinho (PTB) e Nildo do Redenção (PPS). A vereadora Priscilla Finamore (PRB) não participou.
NILSON AINDA SUSPEITO
Nilson Cruz, que mudou de lado político de repente, continua suspeito nas acusações de um acordo milionário com o prefeito Junior Finamore para dominar, com a empresa de sua família, todo o transporte de passageiros e de alunos em LOUVEIRA. A empresa da família de Nilson ganhou um contrato de R$ 1 milhão e 200 mil, renovável por quatro anos, (total R$ 4 milhões e 800 mil reais) com a Prefeitura de LOUVEIRA. Depois do escândalo, o prefeito decidiu não assinar o contrato, mas acabou cedendo no final do ano passado, e a empresa opera agora o transporte de alunos junto a outras quatro. Em contrapartida, Nilson mandou desacelerar as investigações e supostamente, dificultou o andamento do processo, em tese, por causa do contrato com a Prefeitura. Ele rebate dizendo que “isso é normal”.