LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
Linha de frente
Quem acompanha? Pois é! Essa frase tem muitos sentidos e cada um que ler, acredito que encontrará o seu sentido. Aqui em LOUVEIRA, quem passa ali pela Av. Ricieri Chiquetto onde hoje é a Escola Pequenos Brilhantes vê a placa que diz “Hospital de Campanha” e eu quando vi e li, fiquei tão satisfeito com a nossa cidade. Fiquei tranquilo em relação ao combate à pandemia. Tranquilo na questão de suporte médico psicológico, pois há um local apropriado para as vítimas da doença tão cruel que nos atinge. Em relação à população, não há como ficar tranquilo, pelo simples (simples?) fato de observar um grande número de pessoas sem as proteções adequadas para que a disseminação seja menos agressiva.
Não precisa ir longe, é só ir ao mercado próximo de casa, à farmácia ou a um outro local, para constatar tal fato. Num primeiro momento dá uma certa raiva, mas depois a raiva se transforma em outra coisa, opa, aqui acredito que alguns pensariam que eu diria “ódio”. Erraram, a raiva se transforma num misto de pena e vontade de dar uns tapas, na minha imaginação dou uns tapas em alguns. Então, voltando ao hospital, eu da minha parte parabenizo LOUVEIRA pela forma com que lida com a saúde. Se há falhas? Acredito que haja, humanos falham, imagine muitos de nós como humanos em formação.
O hospital é muito grande, já ouvi isso e, concordei e comentei, que bom que temos condições de montar um hospital grande para o acolhimento dos que por ventura venham a adoecer. Um hospital deste monte, dá uma assistência aos que lá forem direcionados, e chegando lá, todos são avaliados e se for o caso, se estiverem com a doença, ficam internados. Sei que existem trinta leitos, não sei quantas salas estão tomadas, não sei quantos médicos e equipes médicas estão ali a serviço da população, mas sei que é um local seguro para os procedimentos relativos ao tratamento da doença.
LOUVEIRA gastou muito dinheiro para a adaptação desta escola em hospital? Acredito que sim e também acredito que deva ser assim, que dinheiro é para ser gasto em benefício da população. Por outro lado pode-se questionar o que seja muito dinheiro. Se foi bem gasto, bem aplicado e neste caso específico eu acredito que sim, pois se salvar uma única vida, já valeu o investimento, então é justo valor. Claro que salvou muito mais que uma vida e as que não puderam ser salvas, pelo menos tiveram um local digno para que se tentasse que essas vidas não se esvaíssem.
Por enquanto é o que se pode, de maneira científica, se oferecer e, enquanto não há remédio eficaz, comprovado pela ciência e nem uma vacina, vamos tomar os cuidados necessários para que não sejamos os transmissores deste mal, que por ventura possa habitar em nós. Como será bom quando essa pandemia passar eu puder dizer “fiz a minha parte, agi com seriedade perante a minha LOUVEIRA” e agradeço a Deus por seguir com a consciência tranquila. Mas se mesmo assim eu adoecer, que pelo imenso eu tenha a condição de ter um tratamento digno numa escola que virou hospital. Uma porção de aplausos!
Trilha Sonora / Peixe Vivo / Milton Nascimento
