LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
Buoni vicini, tutte brave persone
Quando se gosta dos vizinhos tudo fica mais fácil, sejam esses vizinhos muito próximos, como os que tenho e os vejo do meu quintal, sejam os da rua ou do bairro, ou sejam ainda os de outra cidade, como é o caso do qual falarei mais. O Bairro do Traviú, de origem italiana, na cidade de Jundiai/SP é bem próximo de LOUVEIRA e, é um bairro do qual gosto muito. Sempre tive uma ligação muito forte com este pedaço de terra, abençoado pedaço de terra. Estudei o primário ali, bem como alguns dos meus irmãos; fiz a minha primeira comunhão ali, e numa dessas conversas em família, descobri que minha irmã Maria Antonia também têm ótimas recordações deste bairro.
Conta ela que nos anos 60 quando um aluno terminava o primário, o quarto ano, havia formatura e uma grande festa com autoridades. Havia também uma apresentação artística e ela, ao se formar, juntamente com mais quatro amigas fizeram uma apresentação e coreografaram as músicas Datemi de Un Martello de Rita Pavone e Se Mi Vuoi Lasciare do cantor Michele, apresentação que foi um sucesso e os presentes pediram bis; e tem mais, ela, minha irmã Maria Antonia, ganhou um corte de tecido para vestido por ficar em primeiro lugar como aluna. Tudo isso no Grêmio do Bairro, ao lado da Escola Mista do Bairro do Traviú, onde a dona Vandinei Bunelli reinava absoluta. Saudades.
Agora, já dada uma boa introdução falarei dos meus amigos Rosemary T. Lourenção e do esposo Osmar Miorim que encontrei por aqui, em LOUVEIRA, dias desses, e foi uma grata surpresa. Estavam eles, num cantinho, devidamente preparados, almoçando no Pesqueiro Pescal e eu os vi, fiquei muito feliz em vê-los e como de praxe, registrei o momento. Gosto muito da Rosemary e embora, discordemos em alguns assuntos, sempre nos tratamos com amizade e respeito, trocamos comentários nas redes sociais, e prestem atenção, eu disse comentários e não desaforos por termos ideais, como já disse, divergentes em alguns tópicos do dia a dia.
Eles têm uma lanchonete ali no Traviú, local que sempre frequentei com certa assiduidade, mas que não vou a um certo tempo devido à pandemia, tendo a certeza de que voltarei logo, logo, pois além da simpatia e eficiência com que fui sempre recebido, tudo que é servido no local, é de excelente qualidade, sou testemunha. Me lembrei agora que quando eu caminhava com as amigas Sirley Chiquetto, Shirley Salles e Nadir Teixeira, sempre parávamos lá para tomar uma, pois a caminhada era longa, de LOUVEIRA, aqui do bairro do Quebra – Santo Antonio – até o bairro do Traviú. Foi uma época muito legal.
Foi muito bom encontrar esses amigos simpáticos e sorridentes, que almoçaram, assim como eu ali no pesqueiro, e ao saírem me convidaram para que eu fosse à lanchonete deles, coisa que farei em breve.
Como é bom saber que embora os bairros, as cidades, os estados e até os países tenham as suas denominações, as suas divisas e os seus limites, nós humanos podemos e, ouso dizer, devemos nos manter unidos, independente das nossas crenças, cores, religiões, pois somente assim, se cada um fizer a sua parte, com certeza, nos tornaremos melhores. Meu carinho aos meus amigos e, espero encontrá-los outras vezes e rirmos alto, que pode ser até de nós mesmos.
Trila Sonora / Datemi Un Martello / Rita Pavone