LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

Vivendo o nosso tempo.


Se era um tempo de Pandemia? Era sim! Mas também era um tempo de poesia. Era sim. Era assim. E foi neste tempo que coisas boas também aconteceram, pois foi neste tempo que muitos corações se uniram, e, num movimento de amor ao próximo, neste caso, através das artes, se referendou a inteligência que o cérebro reproduz em arte; seja pelas letras que compõem os escritos de cada poeta ou contista; seja pela paciência em cada fio tecido pela tecelã ou em cada pincelada precisa dos artistas que pintam, que retratam o que as mentes ou os corações inspiram. Foi uma noite tingida com as cores que vislumbram um futuro, o futuro, baseado neste presente, de cada um de nós que compomos a ALLA – Academia Louveirense de Letras e Artes. LOUVEIRA é assim, há vida por toda parte, e vida em abundância.
Foi uma noite memorável, com os devidos cuidados tudo transcorreu em finíssima sintonia com o momento. Lemos, ouvimos, juramos, e gostamos, acredito eu, de tudo que lemos, ouvimos e juramos. E os livros, aqueles tão preciosos da VI Coletânea, a tudo assistiam e, por serem exemplos e exemplares do que cada acadêmico produziu, ali permaneceram até serem abraçados com todo carinho por cada pessoa que ali compareceu, cada pessoa presente. E sendo assim, os livros que estiveram presentes ali por todo o tempo, se tornaram presentes para aquelas mãos ávidas que os acolheram num gesto singelo, emocionado mesmo por receberam tão bendito fruto. Fruto do suor de cada componente que se propôs a deixar para a imortalidade um pouco ou muito, nunca saberemos, da sua essência.


LOUVEIRA não está parada, mas também não está no mesmo ritmo de antes da pandemia, e caminha com os seus passos, adequados passos, para o que se vive no agora. Vi isso entre nós, os acadêmicos, claro, com muita honra digo nós, pois agora sou um deles, com muita alegria no coração. Vou mudar e colocar coração no plural, por sermos em número de quatro os novos acolhidos, os novos acadêmicos, os novos corações. Estávamos e estamos felizes com esse acolhimento, com essa nova missão, ouso dizer, tão nobre missão, levada com tanta competência até hoje por todos os que passaram e que ainda estão dentro do quadro de integrantes da ALLA.


Ao final da cerimônia, saímos todos com a certeza do dever cumprido, numa mistura de mentes e corações criativos, já pensando na próxima obra, ou na primeira obra que nós, os novatos, publicaremos. Por me sentir assim, jogo para os demais os mesmos sentimentos, como se tivesse eu o direito de adivinhar o que cada um estava pensando. Agora, posso dizer com certeza que cada um saiu dali agradecido e talvez, como no meu caso, pensando em alguém que não pode comparecer, pela sua justa razão, claro. Não ganharam um bombom na saída, estes, os que não compareceram. Diante disso tudo, vamos agradecer a Deus sempre, à Vida sempre, às Amizades sempre e aos organizadores. Um agradecimento veemente à Prefeitura Municipal de LOUVEIRA que cedeu o espaço perfeito para tal evento, como sempre o fez.

Trilha Sonora / “Só o Tempo” (III Coletânea) / Eleide Reges

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