LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
O pulo do gato
Bem, aquele gato branco, bonito, vistoso em cima do muro, era quase uma ameaça aos pratos de feijoada que estavam logo abaixo, bem em cima da mesa do novo restaurante aqui no bairro do Quebra – Santo Antonio, em LOUVEIRA. Era quase 13h já, havia fome por todos os lados, em todas as barrigas e, com o gato, não seria diferente, pensei eu. Mas ele se conteve, diferente de mim, que ataquei o prato de feijoada como se fosse o único, ou talvez o último.
Não, não era. Mas cabeça de guloso, ou melhor, barriga de guloso, vê assim, sente assim. Estou quase exagerando, mas o momento se aproximou muito disso que descrevo.
Não, não tenho vergonha de descrever o que sinto, e, nem de exagerar, pois alguns acontecimentos devem ser exagerados ao serem expostos, penso eu. Se estou certo ou errado, não sei, mas ajo assim, com liberdade no uso das palavras, por poder, em certos assuntos, ser exagerado. Mas voltando ao gato, o gato belo que ali estava, ou melhor, voltando ao local, o restaurante, que ainda está em reforma, mas que serviu bem aos que ali estavam, afirmo isso por observar a cara dos que comiam, uma variedade ainda pequena de pratos. Na verdade, pratos-feitos, por serem mais cômodos, penso eu, para serem preparados, diante da reforma que corre a todo vapor.
É um local agradável, bonito e de fácil acesso, com comida boa a preço bom. Gostei. Voltarei! Sempre torço pelo comércio e serviços aqui de LOUVEIRA, por entender que ter opções variadas, seja um decodificador dos parâmetros dos serviços prestados. Claro, eu sei que nem sempre é assim, pois já fui muito mal atendido em uma farmácia de LOUVEIRA, lá do Centro e reclamei na hora. O gerente pediu desculpas e eu aceitei, mas pensarei mais de duas vezes se voltarei um dia àquela farmácia. Acredito que, principalmente nos dias de hoje, com tantas restrições, todo cliente deva ser bem tratado, e aí está o verdadeiro pulo do gato; o bom tratamento, assim como deve, na minha opinião, haver reciprocidade de tratamento. Se bom, bom. Se ruim, não voltar mais.
Após comer aquele prato de feijoada, me senti satisfeito e pensei novamente no gato. Será que ele também estaria satisfeito tanto quanto eu e de barriga cheia? Torci para que sim. Torci também para que a lei em relação aos maus tratos de animais, que não foi este caso em absoluto, seja modificada e que a pena mínima passe de quatro anos de prisão, para no mínimo oito anos, ou seja, que pelo menos dobre. A imagem do gato não me saiu da cabeça, então resolvi escrever a respeito, misturando assuntos, ou apenas descrevendo uma situação vivida, num dia de abril do ano da graça de 2021. Foi um dia bom, assim como têm sido bons os dias, apesar de estarmos vivendo situações tão calamitosas por todo o mundo. Por aqui não é diferente, ou é diferente, ainda não cheguei a uma conclusão, e nem sei se chegarei, mas de uma coisa eu tenho certeza, se fôssemos educados a situação poderia ser um pouco diferente, para melhor. Também acredito que a educação, se aplicada, facilitaria muito todos os serviços, não tendo com isso que mudar o padrão a cada pouco dias.
Trilha Sonora / Feijoada Completa / Chico Buarque