LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

Falando de um louveirense

Eu falaria fácil, fácil de algumas religiões, mas compreendo que falar de religião não seja uma coisa fácil e, ouvir então, é mais difícil ainda, pois estar aberto à opinião do próximo, ou a prática religiosa do próximo, mesmo que o próximo pratique a mesma religião que a gente, é um ato de difícil realização. Bem, mas cada um tem a sua, e se essa religião for bem praticada, então está tudo certo, ou deveria estar. O que acontece muito é a controvérsia entre o discurso e a prática.

Pensava isso numa manhã, voltando do trabalho de ônibus e, ao descer do ônibus me deparei com a Igreja, neste caso, católica bem à minha frente, aqui no bairro do Quebra – Santo Antonio, nesta linda cidade, a nossa LOUVEIRA. Admirei a silhueta daquela construção, a meu ver, moderna quando fora construída, para abrigar uma igreja, segundo relatos que ouvi à época. Eu acho o moderno ótimo, embora eu mesmo seja antigo. Nasci em 1957.

Sei também, que não é prédio em si que faz um bom religioso, mas sim toda a dedicação, indulgência, empatia e amor que são dedicados ao próximo, numa esperança de que o próximo seja todo aquele que habite a Terra, ou mesmo os que por ventura habitem outras galáxias. O mundo é o mundo e, na casa de meu Pai há muitas moradas, segundo a religião que pratico. A praça estava ali, por onde passo amiúde, e a igreja também está ali, e é impossível não vê-la, no meu caso a vejo com olhos e com o coração, e, com esse coração pulsando firme, já assisti sermões memoráveis sentado em um banco, dos muitos que existem ali em seu interior, cuja alcunha é Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens e Santo Antonio de Pádua.

Respeito todas as religiões, mas algumas me atraem mais que as outras e, teve uma que me marcou muito, mas mesmo assim, por ser xucro na época, me afastei, pois foi justamente numa das pregações que o pregador disse, e, conferi depois, que é melhor ser frio, ou quente, do que morno, e como eu me sentia morno, fui embora, mas nunca esqueci. Hoje, embora esteja em outra religião, já me sinto mais quente, já, pelo que entendo saí da “mornalidade”. Fico feliz aqui em LOUVEIRA, por me dar bem com as pessoas das mais variadas religiões, e rindo com ternura com as perguntas sobre qual religião pratico, pois muitos têm certeza de que pertenço a tal ou a tal religião. Acho legal me rotularem com rótulos bons. Não sei se mereço!
Alguns ou mais que alguns ao lerem o que escrevi nesta coluna hão de perguntar, “João, esta coluna é sobre LOUVEIRA ou sobre você”? Com cordialidade responderei que é sobre a nossa cidade, mas também é sobre mim, as vezes, por ser um cidadão louveirense. De coração, desejo que todos ao passarem pelos templos da nossa cidade, prestem atenção sem discriminação e, entendam que em cada um deles, há pessoas iguais a cada um de nós, pois se estamos neste mesmo planeta, a razão, pela qual entendo, é para evoluirmos como seres humanos e principalmente, evoluirmos espiritualmente. No entanto, para que haja alguma evolução, um dos princípios é o não julgar, e quando conseguirmos amar o próximo, será o ápice da evolução. Agora, ouso dar um conselho: Se a porta estiver aberta, entre em uma igreja e sinta todo o sagrado que ali habita.

Trila Sonora / Se eu quiser falar com Deus / Gilberto Gil

468 ad