LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
“Passo a passo, centímetro a centímetro.”
São, segundo a marcação, oitocentos metros de distância entre o início e o fim da caminhada na represa ali onde caminhei pelas margens, numa manhã perfeita de outono, quando o sol brilhava tanto, e o céu era tão azul; me pareceu que o mundo era perfeito, que LOUVEIRA era uma cidade perfeita. Bem que poderia ser verdade os dois itens citados, mas ainda, pelo que sei, vejo e ouço, não é. Nossa cidade é excelente, claro, mas ainda não perfeita, por nós, seus moradores não sermos perfeitos. Acredito que um dia chegaremos lá, pois a cada nova geração ou reencarnação, na minha opinião baseada no que acredito, nos aperfeiçoamos.
Mas então, o que são oitocentos metros diante da nossa imperfeição? Depende do seu humor, do seu amor, do seu pensar, do seu agir, do seu caminhar, do seu modo de ver o mundo e as pessoas, enfim, tudo o que vive ou está no mundo. Eu neste dia, nesta linda manhã de julho, enquanto caminhava vi algumas pessoas entre as quais, uma criança tão abraçada pela mãe, ainda em seus primeiros dias ou meses de vida, caminhando, no colo da mãe, enquanto o olhar e os braços amorosos da mãe amparavam aquele ser pequenino. Vi a moça que corria, até me cansei, com o vigor com que ela corria, pois passou por mim algumas vezes, me podou, enquanto eu dava duas voltas.
Vi e ouvi a outra moça, linda, que me cumprimentou enquanto caminhava rapidamente também, e falava ao telefone com o pai, sei por ouvir várias vezes ela dizer a palavra pai no vocativo. Achei interessante aquela cena, que também foi percebida quando ela passou por mim nas duas vezes em que me podou. Também havia um moço de bicicleta que cantarolava uma canção enquanto pedalava: não consegui identificar a canção.
No total, havia naquela hora em que fiquei por lá, umas nove pessoas, cada uma com seu jeito de andar ou correr, de caminhar ou parar, e, de até respirar; é engraçado isso, o jeito pelo qual cada um de nós respira. Isso também me chamou a atenção. Mas, o que mais me chamou a atenção foi a quase total calmaria das águas, ou da água da represa, não sei bem qual seria a maneira correta de expressar essa frase; bem, neste caso, cada um pode pesquisar qual seria a maneira correta de falar sobre a água, ou águas. Essa água brilhava ao sol, refletia cada raio como se fosse uma espada de prata, também ao sol, era lindo de ver.
Nossa LOUVEIRA em cada hora e local, sempre nos proporciona belas imagens, que podem ser registradas pelas nossas retinas e ou pelas nossas lentes, como fazem magistralmente alguns louveirenses, como exemplo, citarei o Jasso Fotógrafo e o Rodrigo Kampos, que admiro e curto muito também. Conseguem eles, ângulos maravilhosos de LOUVEIRA. Claro que existem outras pessoas que fotografam muito bem, mas no momento em que escrevo, são esses que me vêm à cabeça. Me faltou contar com quantos passos eu caminhei aqueles metros todos. Contarei numa próxima vez!
Trilha Sonora / O Trem Azul / Lô Borges