LOUVEIRA: Coluna de João Batista – Louveirando
Maravilha de cenário, veja…
Um dia destes eu fiquei triste, mas não chorei, e não foi por vergonha de chorar, mas sim porque até chorar deve ser espontâneo, embora possa e deva confessar que senti muita vontade e também que choro com facilidade, quase à toa. Andei por LOUVEIRA e pensei muito nas pessoas que me rodeiam, nas atitudes dessas pessoas e nas minhas ações e reações em relação a essas mesmas pessoas e suas ações. Sempre me considerei uma pessoa feliz, claro que dentro das limitações impostas a nós que vivemos neste Planeta de provas e expiações, e, estar triste para mim não significa estar ou ser infeliz. Aí vem aquele estalo na cabeça e a pergunta tão necessária diante de algumas situações: Como ser infeliz num país tão maravilhoso, abençoado por Deus e bonito por natureza? Toda essa maravilhosidade não é notada na grande maioria das vezes por ser suplantada pelo mau, justamente porque o mau faz muito mais barulho e dá muito mais audiência. Embora eu conheça pessoas que valorizam o bom e pratiquem o bem. Claro que por vivermos em uma democracia, sem saber muito bem o que seja democracia, eu diria até com medo de viver uma democracia, pois democracia exige responsabilidade em relação ao viver e pode causar pânico nos que não toleram a sabedoria dos outros, não toleram as opiniões contrárias às suas, apoiam ideais com resquícios de ditadura. Mas democracia é justamente ter liberdade de opinião e de ação, conhecendo os limites e agindo estritamente dentro da lei, mesmo que as vezes a lei seja contrária ao que desejamos. Difícil né? LOUVEIRA tem de tudo um pouco e não poderia ser diferente, pois de alguma forma representamos todos os povos do mundo, principalmente por sermos quase todos descendentes de algum povo por aí a fora. Depois de andar e analisar todas as palavras que disse e que ouvi neste período de tristeza, encontrei nas ruas de LOUVEIRA, mais precisamente no Parque dos Estados, bairro aqui da cidade, onde tenho amigos, essa linda flor, que me pareceu infinitamente feliz simplesmente por estar ali, cumprindo o seu papel de embelezar o mundo. Neste momento me vi num mundo mais bonito, um mundo melhor, com mais liberdade para sermos quem somos, na verdade um mundo sem mentiras, um espaço de liberdade plena e, mesmo que seja um pequeno espaço, tem reflexo para a vida das pessoas que observam os acontecimentos ao seu redor. Diante dessa constatação, sorri satisfeito e segui o meu caminho e, ao tentar buzinar ri mais ainda, pois a buzina do meu carro só funciona quando ela quer e desta vez não funcionou.
Trilha Sonora / O que é, o que é / Gonzaguinha