LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
Sim, pode entrar, sentar e ser feliz!
A praça existe, é logo ali no Bairro 21 de Março, aqui em LOUVEIRA. Uma praça muito linda, principalmente à noite, noite fria em que registrei toda a sua beleza. Como eu disse, “a praça existe e é logo ali”, e, o frio a toma inteira nesta noite de inverno louveirense. Eu fiquei com inveja do frio e também, tomei coragem e me sentei em um dos bancos, banco gelado posso afirmar, e passei a conversar com a praça. Não é que ela é uma ótima ouvinte? Não me retrucou nenhuma vez, não me contrariou e até, ouso dizer, concordou comigo, pois se fez mais bonita ainda para que eu a fotografasse.
Olhei para os lados, e vi, logo ali bem próxima, a casa da Efigênia Costa, essa amiga linda, com sorriso expressivo e os cabelos sempre bem arrumados, gosto mais quando ela prende todos para trás. Fica linda. Na casa dela, que já estive, fui recebido com alegria e graça, café delicioso com bolo e, antes de tudo, um macarrão inesquecível com molho vermelho servido sem reservas, bastante e à vontade. Confesso que comi muito! Na casa dela, havia muita gente alegre e feliz, muita música na altura cerreta, muita prosa e uma atmosfera muito agradável pairando no ar. Nunca me esqueci deste dia de domingo, era domingo, e sim, a praça é a minha testemunha ocular, confiável testemunha.
LOUVEIRA me enche os olhos com as suas paisagens, lugares e personagens, uma cidade merecidamente amada, com suas nuances embelezadoras, sua capacidade de proporcionar aos louveirenses uma vida gostosa. Eu, cá comigo, denominaria a Praça de “Praça dos Beronha”, por ao seu redor alguns deles morarem. “Beronha” foi ou é ainda um grupo de jovens, hoje não tão jovens, que faziam a alegria das meninas nos bailes há alguns anos. Era um pessoal animado que dançava, aquelas danças coreografadas, tão em moda nos anos 90´. Sucesso total! Tudo isso é memória de um senhor de sessenta e quatro anos de idade, eu; então posso confundir as datas, mas nunca as pessoas que marcaram época.
As praças da nossa cidade estão por aí, e, poderiam ser visitadas por mais pessoas, serem apreciadas e assim se tornarem mais populares, pois muitas delas recebem muito pouca gente, o que é uma pena, pelo menos no meu entender. Uma praça, se bem observada, nos proporciona tantos ângulos de apreciação, tantas possibilidades de convívio e convivência, que é uma pena que fiquem tão sós em dias ou noites louveirenses. Posso estar enganado, e elas, as praças, prefiram ficar sós a nos receber, mas pelo que observo, elas parecem bem mais alegres com pessoas ocupando os seus espaços.
Neste ponto, preferencialmente, como em todo lugar, pessoas educadas e apreciadoras de bons lugares. Torço sempre pelas praças e as frequento amiúde.
Trilha Sonora (óbvia) / A Praça / Ronnie Von