LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

Frenagens

Rindo ao ouvir “A vida é mesmo assim…” com Cláudia Barroso, ia eu feliz da vida pela melhora do trânsito ali no trevo do km 71, da Via Anhanguera, e pensando em como gestos aparentemente simples mudam o fluxo das coisas, neste caso, o fluxo dos veículos de todas as matizes que trafegam por ali.

De repente um caminhão para bem na minha frente, de supetão, e eu atento que estava ao movimento, também brequei e foi tudo tranquilo.

Há pouco tempo, o trânsito, neste mesmo local era horrível em determinados horários, quase todos os dias, agora não, já melhorou muito; posso afirmar isso, pois passo quase todos os dias em horários variados, por essas vias. Bem, mas o trânsito de modo geral é bem ruim no bairro do Quebra, Santo Antonio, em Louveira, onde moro. Outro dia alguém estacionou em frente ao meu portão – acontece quase todos os dias -, e como eu precisava sair com o carro, pedi ao jovem motorista que tirasse, por favor, o carro dali. Não é que ele ficou bravo e me disse “nossa, você não consegue sair por este espaço?”. Respondi “meu amigo, a questão não é essa” e ri, não dele, mas sim do decalque colado no vidro do carro com aqueles dizeres “Deus acima de tudo…”. Pois é, pensei, o nome de Deus, mais uma vez usado em vão, mas isso não é problema meu. Saí com o carro, após fazer a minha prece e segui o meu dia, proveitoso dia. Já havia me esquecido disso, mas me lembrei quando o caminhão freou bem à minha frente. Como somos imprudentes, pensei. Cláudia Barroso continuava a cantar e eu cantei junto.

Amo a vida que levo, se bem que um pouco mais de “dindim” faria bem, mas sigo com o quê tenho, mas não deixando de perceber que está minguadinho, pois tudo está muito caro, pelo menos para mim. Cada um pode e deve achar o que quiser, claro, democracia serve pra isso, e, sendo assim, essa é a minha opinião. Outro assunto agora: como as lombadas são horríveis, necessariamente horríveis, enquanto não tivermos a educação necessária para nos locomover, elas estarão por toda parte, como se fossem troféus, que na verdade, também na minha opinião, é um atestado de falta de educação. A vida segue, o trânsito flui, as lombadas terão vida longa e eu também quero viver muito.

Trilha Sonora / A vida é mesmo assim / Cláudia Barroso

468 ad