LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
Como pode…
Água é vida e tabarana é peixe que vive na água… LOUVEIRA é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 23º05’11” sul e a uma longitude 46º57’02” oeste, estando a uma altitude de 690 metros. Sua população estimada em 2015 era de 43.862 habitantes. Pertence à Aglomeração Urbana de Jundiaí. Possui uma área de 55,3 km². (Wikipédia)
A água está envolvida em tudo o que fazemos, nas atividades simples do nosso dia a dia, como escovar os dentes e tomar banho, até na preparação dos alimentos. Assim como nos processos industriais que estão relacionados com as coisas que usamos, desde as que podemos considerar simples, como um shampoo, ou até as mais complexas, como a produção de carros. Além do uso na agricultura, para hidratação de animais, e na irrigação de pequenos e grandes plantios. O Rio Capivari nasce na cidade vizinha de Jundiaí e hoje é protagonista de um projeto que está sendo implantado no município de Louveira: o Projeto Tabarana. Tabarana é nome popular dado ao peixe que habitava suas águas no passado, um peixe carnívoro, topo de cadeia alimentar, que gosta de viver em águas cristalinas e despoluídas, com matas ciliares intactas.
O objetivo do projeto – parabéns a esta administração – é realizar ações que propiciem a preservação da mata ciliar do Rio Capivari, das nascentes e consequentemente da sua água. Dessa forma, os técnicos apontam que seria possível, ao longo dos anos, melhorar a classificação do rio. Hoje ele é classe 3, em uma escala até 5 (onde 5 é o pior resultado). O objetivo é que o Capivari atinja a classe 2. Essa classificação é baseada na Resolução 357/2005 do, que avalia os corpos de água doce em 5 classes (de 4 até a classe especial), mas para o êxito dessas ações é precisa o envolvimento de toda comunidade louveirense. (https://louveira.sp.gov.br)
Que voltem as tabaranas! (João Batista)
O rio, este mesmo que tu vês hoje, contendo águas impuras
Outrora de águas claras, abundantes, límpidas e transparentes
Mil vezes, ou mais, essas águas frescas, fizeram brotar sementes
Agora, num tempo de desalento, sujas, embaçam o que procuras
O leito raso, sem força, formata com lentidão, apenas terras dormentes
Carrega dentro de si, correndo bem devagar: em poluição não há curas
Tingindo as suas margens, num jorro quase sem vida, chorando suas agruras
Mostrando a todo mundo, que o homem jogou ali, seus atos inconsequentes
Num ziguezague aquático, num movimento ainda lento, há esperança sim
De que tudo que ali respira, nas águas bem poluídas, com muita dificuldade
Se o homem aderir ao trabalho, prumado e com direção, ainda não será o fim
Outrora, as tabaranas, os cascudos e as lambaris, saudaram tua mocidade
Por outro lado; as lontras, capivaras e as crianças, brincaram com o capim
Que hoje, voltem as tabaranas, deixem de ser projeto, se tornem realidade
Trilha Sonora / Peixe / Doces Bárbaros