LOUVEIRA: Coluna de João Batista – Louveirando

Eu avisei!

É uma das piores coisas para se falar para alguém, principalmente quando a pessoa já está fragilizada por uma situação adversa, mas a nossa vaidade excessiva, o nosso orgulho torce muitas vezes para que tenhamos razão, para termos o prazer efêmero de usar essa expressão, mesmo que o resultado de“se ter razão” não seja sobre o melhor para as pessoas. Sempre agimos assim, e os tempos atuais só comprovam isso, a nossa crueldade para com o próximo fica evidente nas redes sociais,pois chamamos as pessoas de burras sem a menor cerimônia, na maioria das vezes por elas terem as suas convicções diferentes das nossas. Quando fazemos parte de um grupo, uma religião, uma unidade classista, um sindicato, não quer dizer que concordamos com tudo que esse grupo prega, mas sim por vivermos num mundo onde se agrupa as pessoas, por isso posso dizer por mim que se algum membro desse grupo comete um ato reprovável, ou criminoso mesmo, não quer dizer que eu seja criminoso, se assim fosse, não poderíamos pertencer a nenhum grupo. Mas aí entra outra questão, a lei só serve para o outro, para mim não, pois a solidariedade que prego, somente será praticada para os meus, vide a situação dos venezuelanos no norte do país que, na ausência do Poder Público, algumas pessoas tomaram a lei em suas mãos, prática que caberia a justiça, essa mesma que clamamos quando somos, considerados por nós mesmos, vítimas. Armar as crianças e o povo, que segundo muitas pessoas e até candidatos a cargos políticos, acreditam ser a solução, são alegações que só transferem ou camuflam, no meu entendimento, uma posição que deveria ser tomada pelo poder público. Em LOUVEIRA existem casos assim, e é muito fácil perceber, basta analisar as postagens nas redes sociais e comparar com a vida dessas mesmas pessoas no seu dia a dia, prego e posto uma coisa e faço outra. Minha educação, se sou educado mesmo, nunca deveria depender da sua, outro “exemplinho” é o viaduto sobre a Rodovia Romildo Prado que levou xingamentos de muitas pessoas, por considerarem“uma obra municipal”, sem avaliarem a sua origem e a sua utilidade quando concluído. Agora, que nossa LOUVEIRA depende da nossa educação, é um fato consumado, levando sempre em conta que educação é muito mais que escolaridade, pois muitas vezes as pessoas com pouca ou quase nenhuma escolaridade nos surpreende com a sua sabedoria e sua educação e nunca dizem com arrogância: “Eu avisei!”

Trilha Sonora / Tempo Perdido / Legião Urbana

 

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