LOUVEIRA: Coluna de João Batista – Louveirando

A Vida é séria, brinquemos!

Ainda estamos longe do Natal, ainda há tempo hábil para reformar nosso coração, mas precisamos correr, pois o tempo está correndo muito mais rápido que nós e, no horário de verão, ficamos mais preguiçosos. Conheço aqui em LOUVEIRA muitas pessoas dedicadas, que de alguma forma colaboram para um Natal mais amoroso, para os seus e para ou outros, tarefa um tanto quanto árdua, pois presenteamos aos que de alguma forma nos tocam os corações, mas, tenho notado, nossos corações andam endurecidos e, se sorrimos com os lábios, muitas das vezes nossos corações estão endurecidos pela vida, pelas brigas virtuais.

LOUVEIRA, por ser uma cidade de pequeno porte facilita muito às vezes e outras vezes, não, pois, por nos conhecermos nos sentimos com o direito de palpitar em tudo, o que é inerente ao ser humano, ainda num estágio de evolução primário, mas com a Graça de Deus, evoluindo. Claro que coloco no coletivo as minhas palavras, mas elas servem em primeiro lugar para mim mesmo, pois quem fala ou escreve, se atencioso for, notará que será ele o primeiro a ter contato com os seus próprios pensamentos e a coragem de se auto criticar, dependerá do grau de entendimento das coisas do mundo.

O brinquedo largado na rua, já muito usado, e não tendo mais condição de uso me dá uma esperança de que ele tenha sido substituído por outro e que a criança, nos dias de agora, já seja uma pessoa crescida, com outras aspirações, sem, no entanto, perder o vigor da alma das crianças, com o frescor necessário para os dias de adolescência e posteriormente, jovem, adulto e as demais etapas da vida. Deixando claro que o brinquedo estava no lugar certo, pois é assim que funciona aqui em LOUVEIRA, deixamos na rua e o “cata treco” passa e leva, e depois disso, sem gps para seguir o brinquedo, acredito que ele vá para algum lugar para ser reciclado e chegando lá, cada parte será aproveitada de acordo com a sua utilidade.

Nossas atitudes, muito mais que nossas palavras ou escritas, falam muito mais de nós e, nosso dia a dia nos aplaude ou nos vaiam, tudo de acordo com os valores do lugar em que vivemos, valores estes demonstrados pelas atitudes coletivas, pela população em geral. Mas cabe a nós não nos esquecermos de que muitas vezes a opinião individual a nosso respeito, embora digamos muitas vezes que não nos interessam, que não nos atingem, nos desmentimos facilmente, pois se não nos são importantes, porque gastamos tanta energia respondendo com raiva a qualquer contrariedade que venha através do outro. Esse brinquedo em tom rosa, numa sociedade mais evoluída serviria para qualquer criança, sem despertar piadas, mas aqui, não sei não.

Bem, deixemos as divagações de lado, encaremos a vida e o Natal como fatores corriqueiros, ou então a vida como um tempo que passará e o Natal como uma data apenas. O brinquedo, tão necessário nas gerações anteriores, passa a ser secundário, pois as crianças de maneira geral e aqui em LOUVEIRA não é diferente, preferem um celular de primeira linha, o que devemos aceitar como sinal dos tempos, com tem sido desde sempre. Pelo andar da carruagem, ainda estamos assustados com as novíssimas gerações, mas espero que passado o susto, a nossa sociedade saiba fazer bom uso de toda essa tecnologia, inclusive para restituir a glória dos brinquedos.

Trilha Sonora / O ursinho de pelúcia / Claudio Nucci

 

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