LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
Under My Skin
A Arte de maneira geral, nos proporciona bons momentos quando estamos de bem com a vida, senão tudo fica amargo e o que poderia ser um momento de alegria, se transforma num momento de mau agouro, num nítido desprezo aos artistas. Aliado a isso, aflora o despreparo até mesmo para entender uma questão do ENEM, que perguntando uma coisa, a nossa ignorância trava a nossa mente e dá uma resposta atravessada, sem o menor embasamento crítico realístico, do cerne da questão, do enunciado que é bem claro, e,nas redes sociais que são ótimas para isso e para muito mais, são disparados os comentários mais diversos, demonstrando o grau de compreensão de cada pessoa. Eu curto!
Parece até que comecei com amargor, mas não foi não, é que cada pessoa vive com a sua realidade e as vezes há um choque, aliás, um bom choque de pensamentos e interpretação de texto, do que seja arte, deixando claro que a interpretação é livre. Nem por isso deve ser ofensiva, pois cada grupo tem o seu mérito por existir, se concordamos ou não, aí é um problema de cada um e, por vivermos numa democracia, embora não sejamos democráticos, deveríamos ao menos começar a praticar a boa vizinhança.
Mas LOUVEIRA, essa cidade tão promissora, nos mostrou que a arte é democrática, que o artista que canta em tributo a um cantor norte americano, globaliza o sentido da música. O apoio luxuoso da “LOUVEIRA Big Band’, nos faz transitar pelo túnel do tempo e nos traz ao presente para que nos sintamos vivos, com olhos e ouvidos bem abertos, com os lábios acompanhando num “quase inglês” ao canto do cantor Luiz Mirabelli Jr. com sua voz e gesticulações tão expressivas em seu propósito de homenagear Frank Sinatra, a Voz.
Se muita gente compareceu? Bem, aí também a resposta pode ser interpretada de acordo com a margem de erro de cada medidor de público (rsrsrs), que a meu ver não muda o espetáculo. Acho curioso que em um evento em que não se cobra ingresso, fiquem cadeiras vazias, e, não foi um espetáculo qualquer, foi um belíssimo espetáculo promovido pela área cultural de LOUVEIRA, e quem compareceu aplaudiu de verdade por entender que até os clássicos podem ser populares, sem com isso diminuir a arte do artista.
Gostei muito, filmei, registrei, aplaudi, encontrei amigos, até abracei o prefeito Junior Finamore para uma foto inédita para mim, e, posso afirmar que nossa LOUVEIRA tem aos meus olhos um prefeito muito bem avaliado. Opinião é opinião e é assim que sinto, sem o menor constrangimento em dizer isso, pois LOUVEIRA é bem maior do que a minha opinião ou de quem a governa, pois quando formos apenas lembranças, a nossa cidade continuará a fazer história.
Após o espetáculo, eu, Eleide Regis, Mara Queiser e Carlos Tiokal fomos ao Balaio´s, Pub ao lado da Igreja São Sebastião, local agradabilíssimo, onde fomos muito bem atendidos pela Silvia e pelo Miles. Comemos crepe, ouvimos música, e até dançamos ao som de MPB rindo muito, o riso que coroa um dia feliz, um dia perfeito perante aos nossos propósitos de sermos cidadãos participativos e, se perguntarem por aí se nós temos banana, tenho certeza que a resposta seria “Yes, nós termos Banana”.
Trilha Sonora / My Way (Comme d’habitude) / Frank Sinatra