LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

Ambulatório

Essa palavra sempre me deixou encafifado, por isso recorri ao Dicionário Aurélio e encontrei a seguinte descrição: “Galeria coberta em que se pode andar ou passear. Enfermaria onde se tratam os doentes que não precisam de estar acamados ou em internamento. Situação do doente que não está acamado ou internado. Destinado a mover-se. Variável, inconstante. Que não tem sede fixa. Diz-se das patas dos insetos ou dos crustáceos que não servem senão para andar, em oposição às patas que também são mandíbulas.”

Diante de tanto significado, o que interessa mais neste momento é o que se refere ao atendimento médico e, aqui em LOUVEIRA, sempre fui muito bem atendido e, como nada que é gerido por nós humanos é perfeito, a área médica, embora muito boa, não é perfeita. Não, de forma alguma sou mau agradecido, pelo contrário, sempre agradeci muito aos atendimentos médicos aos quais me submeti.

Ocorre, porém, que estou na fila de espera do oftalmo há muito tempo mesmo, mas não estou reclamando, pois já fui em um outro, estou bem, continuo na fila e quero ser atendido, e, apenas estou relatando um fato. Não é fakenews, palavra tão em voga nos dias atuais. Mas então, se não é para reclamar porque citar? Cito como uma conversa cotidiana entre amigos que no dia a dia falam das coisas que acontecem e, que nem sempre interessa ao ouvinte, mas ele, o ouvinte, por educação ouve e, às vezes até responde e busca na memória um fato parecido, para não “ficar pra trás”, somente por solidariedade.

No último sábado, fui atendido no ambulatório aqui de LOUVEIRA, em frente à Santa Casa, por um médico da área de urologia, portanto, um urologista, que aliás, me atendeu de maneira excelente, dando toda a atenção necessária a um senhor de 61 anos de idade que, graças a Deus, está com saúde em dia no que diz respeito a essa especialidade. Porém, essa palavra – porém – deveria ser pouquíssimo usada, pois denota contrariedade, a mesma que senti quando uma outra pessoa foi passada na frente dos quase 20 pacientes que estavam lá aguardando a consulta.

Nossa, mas que mesquinharia a minha, implicar com isso, alguns poderiam pensar e, talvez tivessem razão. Mas como tudo que se escreve fica gravado para sempre, então me explicarei. Essa pessoa estava com a consulta marcada para às 11h, nas palavras dela mesma, e, os demais, pelo menos, grande parte deles, eram das consultas das 9h e 10h, então pela lógica, essa pessoa deveria ser atendida depois dos demais, raciocínio feito em cima do que foi esclarecido aos que chegavam, eu por exemplo estava marcado para às 10h15min e fui atendido depois.

Engraçado que o discurso dessa pessoa, enquanto esperava, era no sentido de sermos honestos, praticantes dos bons costumes, tementes a Deus, mas quando essa pessoa foi chamada, na frente dos demais, ela se levantou e disse textualmente “Graças a Deus, nossa já me chamaram, que bom”. Ora, ora, nós ali ficamos um pouco assim num zum, zum, zum, daqueles “zuns” inúteis que emitimos em algumas ocasiões. Logo essa pessoa saiu da consulta sorrindo, dizendo até logo a todos e foi embora. Rimos da situação e, em nenhum momento responsabilizamos o médico ou a moça da recepção, apenas rimos. Logo fui atendido, saí feliz por estar com a saúde em ordem e escrevi sobre o assunto. LOUVEIRA tem dessas coisas, só isso!

Trilha Sonora / Vesti Azul / Wilson Simonal

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