LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

De portas abertas

Nem tudo é como a gente quer ou planeja, mas por confiar em Deus sempre, e, embora chateado as vezes, vejo na mudança dos planos por mim elaborados, a mão de Deus agindo em meu favor. LOUVEIRA, esta cidade na qual existo, tem me mostrado através das pessoas que moram aqui, que algumas coisas acontecem de acordo com o planejado e outras não. Posso citar como exemplo a compra no ‘Mercado Louveirinha’, como é chamado carinhosamente o mercado que fora do Luis Oliveira, aqui no Bairro do Quebra e que agora pertence ao Chico, dono do ‘Louveirão’, o mercado do outro lado da nossa LOUVEIRA.

Finalizando a compra me dirigi ao caixa e, não tinha dinheiro e nem cartão para pagar a conta, pois estava voltando da academia e estava desapercebido, suado, mas simpático; bem, voltando ao caixa que ao constatar a minha total “lisura” fez uma cara, daquelas que fazemos as vezes, aquela que quer dizer tudo e nada ao mesmo tempo. Nesse intervalo, uma das “gerentes” percebendo a situação permitiu que eu levasse a compra para casa, que é bem próxima, e depois trouxesse o dinheiro, agradeci e fiz justamente isso. Gostei da confiança.

Bem, eu também tenho débitos com as pessoas e, vou acertando de acordo com as possibilidades, pois vivemos em um mundo que de alguma maneira a maioria das pessoas têm débitos a serem quitados. No mesmo dia, um pouco antes, tive uma recepção um tanto quanto fria em um outro local, não entendi o motivo, mas também não perguntei, erro meu. Avalio agora que errei, pois entre amigos tudo pode ser dito ou perguntado, acredito nisso, pesando sempre o quanto de liberdade temos ou tivemos, com esse amigo, em nosso convívio, pois é coerente agir de acordo com a liberdade que temos e que nos foi dada.

Para mim, andar pelas ruas de LOUVEIRA é mágico, principalmente pela tranquilidade com que a minha mente age nesses andares, me fazendo buscar os acontecimentos, as vezes os mais recentes, outras vezes os mais antigos, e, todos de alguma maneira me remetem a analisar os meus atos, principalmente em relação aos meus amigos mais chegados. Então, diante da frieza com que fui recebido, cutuquei minha mente e não percebi uma razão aparente para essa frieza, que, embora eu não me lembre, pode haver, por entender que cada pessoa vê e sente com as suas próprias emoções, o que é justo. Neste ponto acredito que a pessoa poderia ter me dito o motivo da frieza, já que falamos de todos os assuntos sem constrangimento.

Divagando ainda pensei nos dias atuais pelos quais nosso País passa e, conclui que um dia a minha realidade será bem melhor do que qualquer situação criada por quem quer que seja e, também me recordei que se os Mamonas Assassinas, aquela Banda inovadora e fenômenos dos anos 90 seria proibida nos dias atuais por alguns ministros, por considerarem pornográficas as músicas por eles cantadas. LOUVEIRA, esse pequeno espaço do universo, onde moro e vivo me faz feliz, me faz pensar e sonhar e não ter a vergonha de ser feliz. Meu querido Paulo Freire, onde estiver, por favor, lave a boca de alguns ministros com sabão crácrá. Paiêêê, corta!!!

Trilha Sonora / Brasília Vira Vira / Mamonas Assassinas

 

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