LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
Debruçado
Me debrucei muitas vezes no mezanino de madeira que faz parte da nossa paisagem cotidiana, aqui no centro de LOUVEIRA. Em cada debruçar, em situações, humores, climas, dias ou noites diferentes, senti que em cada um desses momentos uma sensação única me veio ao coração, ao cérebro e aos olhos, principalmente aos olhos, que já ouvi dizer, e concordo, que sejam as janelas da alma.
Então, em cada cidade presumo eu, existe um local onde cada pessoa se sinta um pouco mais fazedora de parte do mundo em que vive. Para mim que ouço muito as pessoas, concluo que em LOUVEIRA, aconteça o mesmo. Este mezanino, com certeza tem muitas histórias para contar e, não poderia ser diferente, pois todos os acontecimentos considerados mais importantes acontecem justamente ali, onde ele está instalado.
Se tem alguém que não gosta? Deve ter sim. Mas mesmo tendo alguém que não goste, ele é querido e frequentado diariamente, seja por mim, seja por nós, ou seja por eles, enfim por todos. Entre todas as coisas que vi, um casamento me chamou muito a atenção, e mesmo sem conhecer os noivos, uma alegria invadiu meu coração, e torci para que eles sejam felizes.
Por falar em acontecimentos importantes, citarei alguns como exemplo, começando pelo carnaval que é o que mais gosto, aliás, este ano superou todas as expectativas, depois vem o desfile cívico de 7 de setembro, que sempre emociona causando aos que ali comparecem um sentimento de segurança, segundo o que ouço a respeito. As procissões têm os seus encantos e já assisti algumas debruçado no mezanino, bem como a chegada da romaria à Pirapora, que chega por ali também, embora pessoalmente eu tenha restrições ao uso de animais para essas romarias, em alguns casos.
Agora fica um convite aos louveirenses e aos que aqui estejam por algum motivo, visitem o mezanino, sentem-se ali, tome um café na padaria, almoce no restaurante, bata papo com as pessoas, observe a linha de trem e a estação, bem como as casas e árvores antigas depois da linha. Tirem fotos, façam selfies, e colabore para que a nossa LOUVEIRA continue encantando a todos, mesmo os mais rabugentos que teimam em não ver graça em um instante tão mágico como o instante em que as nossas retinas captam um momento histórico, ou seja, o pulsar da vida de uma cidade.