LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
Hoje é domingo, pede cachimbo?
Num final de domingo, depois de andar por aí, ir até o Shopping de VALINHOS muito bem acompanhado, tomar um belo sorvete na lanchonete, voltei para LOUVEIRA com um leve dor no peito, daquelas dores quase gostosas, daquelas que se você se mexer dói, e doeu mesmo. Tomei um chá cravo, que tenho em casa, chá aliás, que serve para tudo e, aqui em casa tomamos sempre. A dor passou por uns momentos, senti alívio, mas logo voltou daquela maneira duvidosa, não se sabe bem onde dói, mas que dói, dói. Uma dor enriba do estômago e abaixo do peito, numa pequena faixa do corpo.
Queria dar umas voltas pela nossa cidade, essa LOUVEIRA que tanto gostamos, para comer alguma coisa, mas ao invés disso me dirige ao PA, Pronto Atendimento bem próximo de casa, aqui no bairro do Quebra (Santo Antonio). Lá chegando por volta das 21h30min fiquei surpreso, por fazer muito tempo que não vou até lá, senti uma diferença enorme, tudo modernizado, painéis de chamada, como a senha e o nome do paciente, gostei. Minha senha foi a “6652” e, logo fui chamado para o acolhimento para aferir a pressão sanguínea e outros procedimentos de uma pré consulta. Antes disso, a recepcionista e o guarda da noite, segurança na verdade, me cumprimentaram, fiz minha ficha e aguardei pouco tempo até ir para o acolhimento, supra citado, bem como para ser chamado pela médica para a consulta propriamente dita.
Logo de cara gostei da médica, prática, mas sem pressa, fez as perguntas pertinentes ao caso e eu respondi a tudo que ela perguntou, perguntas muito claras e repostas não tão claras, embora a dor não estivesse tão forte, havia o incômodo do medo do resultado da consulta. Me deitei na maca e ela fez os procedimentos, apertou minha barriga com força, fez algumas perguntas e logo me encaminhou para ser medicado e também para fazer um eletrocardiograma. As enfermeiras encarregadas desses procedimentos me cumprimentaram com simpatia e eu que conhecia uma delas há muito tempo, travei uma leve conversa. Observei suas luvas roxas, os pingos do soro com remédios e logo me senti melhor, até rimos um pouco.
Mas antes de eu ser atendido, chegou um rapaz jovem ainda, se retorcendo em uma “crise de rim’, por ver em seu rosto um sofrimento atroz, “deixei” que a enfermeira o atendesse primeiro, ele agradeceu com aquela cara de dor. Também medicado, logo o rosto voltou ao normal e ele ao sair agradeceu a todos, e foi feliz para a casa. Agora, depois de medicado fui fazer o eletro, que durou poucos minutos e o resultado foi satisfatório, segundo a médica, que me consultou novamente e me dispensou. Fui embora feliz.
Já voltando para casa pensei em como LOUVEIRA, nas vezes que fui ao PA, me atendeu bem. Como tudo está mais moderno e dinâmico, como o profissionalismo regado de empatia faz bem aos doentes que ali chegam. Claro que já ouvi reclamações, e, acredito até que possa haver algum deslize, mas ao mesmo tempo pensei: “nos tamensumus, et humano peccamus”. Tudo isso durou umas duas horas, que passaram sem agonia, e eu mais uma vez agradeci a Deus pelos profissionais que temos num domingo à noite, quando a maioria dorme.
Trilha Sonora / De Noite e de Dia / Maria Bethânia