LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
O meu, o seu, o nosso ipê florido
Estacionando na Rua Catarina Denadai Victorelli, aqui em LOUVEIRA, me surpreendi com esse pé de ipê branco, tão florido, à toa, sem pedir nada a ninguém e sem cobrar nada para embelezar a nossa cidade. Segundo a Wikipédia o “Ipê-branco (Tabebuia roseoalba) é uma árvore brasileira, descrita inicialmente em 1890 como Bignoniaroseo-alba. … É uma árvore usada como ornamental, nativa do cerrado e pantanal brasileiros.” Fico feliz por termos tantos ipês sobreviventes em nossa região, diga-se de passagem, ipês em muitas cores.
Nos dias de hoje, quando há nos mais jovens uma conscientização do valor da conservação e preservação da natureza, há também por parte de muitos dos mais velhos um achismo de que tudo isso seja bobagem. Acredito eu que não seja bobagem, mesmo sendo mais velho. Digo isso exatamente por ser mais velho e ter vivido muitas décadas, perceber a mudança das coisas, muito especificamente em relação à natureza, que por ser justa retribui sem rancores, a meu modo de ver, o que fazemos a ela, se fazemos o bem, o bem receberemos e, se fazemos o mal, o mal receberemos, numa lógica de justiça.
Tenho visto também muitas postagens de ipês de muitas cores, e, se observarmos bem, pode ser que no local em que um ipê foi fotografado no ano passado ou retrasado aqui em LOUVEIRA, nos dias de hoje, haja apenas esta fotografia como prova de que um dia ele esteve ali. Observemos. Fazer a parte da gente é obrigação e fazer bem feito faz parte dessa obrigação. Aqui, me lembro de dona June Maria Degelo que foi minha professora de Educação Artística na década de 70 quando fiz o ginasial, que nos fez escrever no caderno de caligrafia “Tudo que merece ser feito, deve ser bem feito”. Nunca me esqueci.
Bem, mas LOUVEIRA é uma cidade com uma boa dose de consciência ecológica, prova disso são os passeios promovidos pelos arredores da cidade, onde a flora, a fauna e as águas são bem conservados, aqui abro uma exceção para o Rio Capivari que agoniza em muitos pontos. Esses passeios, caminhadas, são de suma importância para que conheçamos nossos mananciais, os lugares escondidinhos, nossa fauna e flora, nossos agricultores e sitiantes, essa gente tão trabalhadora. Torço para que a cada dia tenhamos mais consciência e, tendo consciência, coloquemos em prática essas boas ações. Acredito muito mesmo nessa juventude mais determinada, que não tem medo de dizer e dar nome às coisas por muitas vezes, tenho testemunhado, contrariar a nós adultos com argumentos científicos. Salve a tecnologia!
Trilha Sonora / O Ipê e o prisioneiro (Ipê Florido) / Liu e Leo