LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

Registros

Eu quero vizinhos, a porta aberta, um quintal sem muro, eu quero. Tenho tudo isso em minha mente que, aberta para o mundo consegue visualizar como seria bom se assim fosse. Mas não é! E porque não é? Porque de forma geral não somos bons, deixamos o mal entrar através dos muros, dos portões e das portas, mesmo fechadas, pois trazemos muitas vezes o mal dentro de nós. Por isso, onde estivermos, lá estará o mal. Sonhei com essas palavras um dia desses, quando dormi durante o dia assistindo a um jornal na tv. A mente da gente, mesmo dormindo, absorve o que escuta.

Ao acordar, saí por aí como sempre faço, para ‘louveirar’ e apreciar a nossa LOUVEIRA, e não é que um muro me chamou a atenção? Mais precisamente a plantinha florida que insistia, de forma incisiva, a embelezar o muro que era também o seu chão, o seu apoio. Já era noitinha quando registrei a florzinha, digo florzinha de forma carinhosa, pois ela me encantou. Em nossa cidade há muitos encantos, na verdade cabe a nós encontra-los, vivenciá-los e até fotografá-los, assim como eu sempre faço. Claro que existem muitas pessoas que fotografam a nossa LOUVEIRA, adoro! Até vou sugerir aqui uma exposição com fotos, tiradas pelos moradores da nossa cidade, seria bem legal!

Quando nossos olhos e nosso coração adquirem a capacidade da observação, de se emocionar com as coisas simples, acredito eu que, evoluímos um pouco, um mínimo que seja. Não sinta medo de se emocionar. Cada pessoa carrega em si essa capacidade e, muitas vezes, por acharem que é uma fraqueza se emocionarem, escondem os seus sentimentos, engolem em silêncio, de maneira forçada; “nossos desejos são negligenciados, e isso é adoecedor!”, como comentou a minha querida Luciana Cunha Santos em uma postagem.

Como quase todas as cidades do Brasil, LOUVEIRA também tem os seus percalços que, se bem analisados, ainda são amenos em comparação com os percalços enfrentados por outras cidades próximas à nossa. Me sinto feliz ao caminhar pela cidade e observar suas matizes, suas nuances, seja na parte material ou na parte humana, enfim, caminhar faz bem para o corpo e a alma. Caminhemos! Façamos o exercício da boa vizinhança, da boa convivência, para que assim sejamos, nos tornemos ou seguiremos sendo uma cidade em destaque, mas sem soberba, como tem sido até então.

Trilha Sonora / Lampião de Gás / Inezita Barroso

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