LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

Louveirinha

Há muitos anos o Senhor Luiz Oliveira, juntamente com a família, deu início a um progressivo comércio aqui em LOUVEIRA, no Bairro do Quebra (Santo Antônio), primeiro uma padaria e depois um mercado, o “Mercado do Luiz”, como todos chamavam. O tempo passou rápido, e após muitos anos sob o comando do Luiz, o mercado foi mudando de dono e as vezes de cara, o que não agradou os clientes de forma geral. Permaneceu fechado por um tempo, até que o SeoChico, do Louveirão de LOUVEIRA, comprou o mercado e abriu o Louveirinha que é um mercado de porte pequeno, corredores estreitos, mas muito querido pelos clientes. Há aqui também um Louveirão do bairro, mas muita gente ainda prefere o Louveirinha, e eu sou um desses que preferem.

Na verdade, o que me chamou a atenção foi o mercado estar fechado em plena segunda-feira, que embora fosse feriado em LOUVEIRA, dia de São Sebastião, os outros mercados abriram normalmente. Ouvi, de uma funcionária, dias atrás, uma moça muito simpática e eficiente que o mercado não abriria na segunda e que ela estava contente, pois isso é muito raro e, para ela, ainda seria uma folga dupla, pois ela folgaria também na terça-feira. A meu ver, para ela seriam dois dias felizes em casa, assim como quase todos nós vemos e vivemos os feriados, tem gente que não gosta eu sei, mas os que gostam estão em número muito maior, pelo que ouço por aí, aliás, não tem nada demais aproveitar e ficar feliz com uma folga extra.

Não resisti e registrei o momento já à tarde tirando uma foto do mercado fechado em plena segunda-feira de feriado, num horário de grande movimento, se aberto estivesse, claro. Pensei comigo em quantas vezes nesses mais de trinta anos eu entrei nesse mercado, passei em frente e até, há alguns anos estacionei meu carro à noite, embaixo da cobertura da frente, durante uma chuva de granizo, uma horrível chuva de granizo! Meu carro não sofreu nada e passada a chuva fui para a minha casa agradecido. Na época deste fato ocorrido, estávamos no carro eu, meu amigo Eder Tonim e minha amiga e namorada dele, hoje esposa, Aline Vieira. Foram momentos tensos, primeiro carro, medo de chuva e quase fazendo as contas do prejuízo, se não houvesse aquela cobertura tão providencial, mesmo que fosse em cima da calçada, a conta seria alta.

Alguns lugares, bem como alguns fatos, ficarão para sempre na memória da gente, acredito eu que na verdade isso aconteça de forma involuntária, sem que nos déssemos conta, mas que de alguma forma nos marcou e o cérebro selecionou esse fragmento da nossa vida. LOUVEIRA me encanta sempre, mas também já me desencantou em algumas poucas vezes, o que considero natural, pois eu também posso ter desencantado minha querida cidade algumas vezes. Ela nunca se queixou diretamente, mas eu percebo que quando eu poderia ter feito algo melhor por ela e não fiz, houve um desencanto sim.

Os funcionários do Louveirinha são muito atenciosos e alguns estão lá há anos, desde os tempos do Luiz, e continuam sorrindo ao atender a gente. Se há os maus humorados? Claro que sim, mas os bem-humorados se sobressaem. Entre os bem-humorados não posso deixar de citar a minha querida amiga Ida Montelato que está sempre alegre ao atender os clientes; a conheço há anos e gosto muito dela. Meu respeito e meu carinho a todos os funcionários que mereceram esse dia de folga e quequando estão trabalhando, tão gentilmente me atendem no dia a dia. 

Trilha Sonora / Num Mercado Persa / Banda Sinfônica Campesina Friburguense

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