LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’
“Se compro na feira feijão, rapadura…”
Se todo mundo vai à feira? Não, e nem seria possível, pois não comportaria todo mundo, mesmo sendo todo mundo no sentido da população de LOUVEIRA. Mas que muita gente vai, lá isso vai. Por falar em muita gente, sempre que vou e encontro muitos conhecidos, é muito gratificante para mim encontrar tais pessoas que fazem parte da população, itinerante ou não, da nossa linda cidade. Nem todas as pessoas são conhecidas, mas com certeza, todas são bem-vindas, principalmente, acredito eu, pelos feirantes. As feiras pelo que percebo trazem um ar de alegria aos seus frequentadores, pois é muito raro avistar alguém com cara amarrada em tais ambientes. Há coisas que só existem nas feiras!
Em LOUVEIRA existem dois locais onde as feiras são instaladas, nas manhãs das quartas-feiras em LOUVEIRA propriamente dita, ou seja, na nossa linguagem louveirense, a área central da cidade, próxima à estação ferroviária, um local muito bonito na verdade. Que agora em plena restauração das áreas adjacentes, dos prédios antigos que circundam a feira, a beleza está a cada dia mais exuberante. Obrigado administração atual pelas obras tão necessárias e, pelo que ouço, com aprovação total da população.
A outra feira, aos domingos de manhã é no bairro do Quebra – Santo Antonio – com o mesmo número de feirantes aproximadamente, mas com a nítida impressão de um número maior; deve ser por causa da disposição da rua, totalmente em linha reta, já que em LOUVEIRA, a rua é bem sinuosa, o que faz muita diferença visualmente falando. Em linha reta as barracas ficam umas em frente às outras, o que proporciona uma visualização do princípio ao fim da feira, já na rua sinuosa a visão é bem diferente, dando a impressão de que as barracas estejam aglomeradas.
Feira lembra pastel, cheira pastel e tenho certeza de que seja, em unidades, o produto mais vendido, mais consumido, e, para constatar isso basta observar as filas nas barracas de pastéis. Como é bom! Mas vale a pena também destacar a barraca de ervas, sabe aquelas ervas que tudo curam, com cheiro e gosto dos nossos ancestrais, que com toda a sabedoria dos antigos aplicavam os seus conhecimentos em prol do próximo, e éramos tão próximos. Na barraca de ervas vale evidenciar o senhor Santelmo que exibe um grande conhecimento das propriedades curativas das ervas e que, segundo ele mesmo, esse conhecimento foi aprimorando com o tempo, já que desde criança tem esse dom.
Enfim, feira é um misturado de gente, um ir e vir frenético, uma coisa que adoro, onde cada um para e pergunta o preço, as vezes compra outras vezes não e seguem em frente. Dá a impressão que algumas barracas não vendem quase nada, mas por outro lado, se insistem, é porque ainda estão vendendo e obtendo lucro, ou talvez em último caso, seja uma utopia do dono ou uma maneira de estar no meio do povo, sabe que tem gente que faria isso. Foi gratificante para mim encontrar meus queridos amigos Cidinha Mariah e Carlos Tiokal na feira em LOUVEIRA na última quarta, foram momentos muito felizes. Também foi hilário, já que eu e Cidinha Mariah adoramos tirar fotos e Carlos Tiokal nem tanto, mas vencemos a resistência dele e conseguimos eternizar um momento no tempo.
Espero encontrar mais pessoas nas feiras e eternizar esses momentos, bem como, comprar milho verde, comer pamonha, curau e sem dúvida, pastel. Topas?!
( Trilha Sonora / De Papo Pro Ar / Inezita Barroso)
