LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

Sem rojões, somente aplausos

LOUVEIRA existe, é logo ali, está localizada como um diamante em ricas terras do Sudeste, e, para o meu coração e para muitos corações com os quais convivo, vale mais que diamantes. A mão do lavrador segurando com amor o fruto do seu trabalho, bem como o fruto de todo trabalhador, elevam LOUVEIRA, essa cidade que abraça a todos como o lavrador abraça o fruto da sua plantação, a um patamar de destaque por todo o Brasil. Agora, existe uma obra inacabada aqui na cidade que me chama muito a atenção pela sua grandiosidade e pelos recursos que ali já foram investidos. Pelo que noto, os olhares da população enxergam com uma certa tristeza essa obra, como já citei, inacabada, que teve o seu início há alguns anos, bem antes dessa administração assumir a Prefeitura.


Não me lembro bem em qual administração, mas aplaudi tal investimento à época do seu lançamento, pois para mim toda manifestação artística merece respeito e admiração, embora não goste de toda manifestação artística, respeito sim os que têm o gosto divergente do meu. Democracia é isso. Vendo essa obra ali parada, estática e em pé por enquanto, meu coração entristece por saber que uma obra parada gera todo tipo de prejuízo e pode, até se tornar obsoleta e ruir com o tempo, neste caso, imagine quanto desperdício.


Qual o sentido de se escrever tudo isso sem parecer que seja uma crítica? O sentido é justamente um apelo para que nesse local onde haveria um Teatro, pudesse se construir várias Secretarias, aproveitando a estrutura que já existe. Imaginem só que obra grandiosa e, por estar localizada bem no meio do caminho, entre o Bairro do Quebra – Santo Antônio – e LOUVEIRA propriamente dita, essa obra facilitaria a vida de muitos por, em um mesmo lugar, estarem todas ou a maioria das Secretarias da Prefeitura, bem como, por estar muito próxima à Câmara Municipal. Meu sonho de consumo é aplaudir, sem rojões, uma obra de tal envergadura, por isso apelo aos que têm o poder de decisão, que no caso, somos todos nós os eleitores, através dos eleitos, para que pensem com carinho em tal suposição. Imaginem a inauguração, quantos aplausos, sem rojões em respeito aos animais e aos demais seres que seriam afetados por eles, resgatando o intuito inicial de se reunir pessoas para um bom espetáculo.


Não sou candidato a nada, e embora já tenha recebido alguns convites para me tornar uma pessoa com um cargo público, tipo um vereador, nunca quis, por considerar que o melhor lugar seja onde eu me encontro agora. Se nunca concorri, não foi por medo de perder ou de ganhar, mas sim por considerar que onde me encontro esteja de bom tamanho dentro dos meus propósitos como cidadão louveirense. Alguns, muitos ou quase ninguém, podem concordar com a minha forma de ver nossa LOUVEIRA, e eu possa estar enganado em relação aos olhares de cada cidadão, mas por outro lado, meu coração que não é ateu, acredita nas possibilidades que Deus coloca em nossos caminhos para que as boas obras sejam realizadas. Neste ponto, lógico que aceito os contrapontos dos que por ventura possam pensar diferente e, até aplaudirei, sem soltar rojões, uma outra ideia para este elefante branco, que embora feioso e esteja ali ao relento, possa se tornar vistoso e caminhar com os seus próprios passos.
Trila Sonora / Plataforma / João Bosco

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