LOUVEIRA: Coluna de João Batista – ‘Louveirando’

O Retorno

LOUVEIRA de maneira geral é bem servida por bibliotecas, mas há algum tempo a nossa cidade perdeu uma das mais importantes, a instalada na Câmara Municipal, e, confesso que este fato me entristeceu muito, e também entristeceu minha querida amiga Giseli Vendimiatti, uma jovem senhora devoradora de livros; ela me confessou por várias vezes que se sentia meio abandonada, sem, no entanto, abandonar o bom hábito da leitura. Ela lê muito mais do que eu, claro que já li muito, mas agora leio bem menos, que pena sinto de mim. A excelente notícia que se expandiu nas redes sociais, foi justamente a reabertura da Biblioteca, no próximo dia 20, aniversário de LOUVEIRA, notícia esta que recoloca os livros em seus devidos lugares, para serem manuseados e lidos sem moderação.

Por esses dias passados fui à Cidade de CAJAMAR, e lá, por quase um acaso descobri uma Biblioteca, que bom que sou curioso. Mas falando da Biblioteca, me encantei com a sabedoria regada à simpatia da Maria, a Bibliotecária, pois com extrema competência e de uma boa vontade exemplar me apresentou e me presenteou com cada cantinho do lugar. Havia alunas de uma escola fazendo pesquisa e lendo, foi mágico aquele encontro, nunca me esquecerei. Neste quesito as meninas estão bem à frente dos meninos, noto sempre que vou às Bibliotecas e, isso me deixa feliz, mas ficaria mais feliz ainda se o número se equivalesse. Mesmo estando bom, poderia ser melhor. Eu cá torço para que apesar de toda a tecnologia, as Bibliotecas sobrevivam, por terem o cheirinho de livros, o barulhinho das próximas páginas e o cochicho tão desobediente, mas tão revelador dos que leem e apreciam os livros.

Hoje, pelo que percebo quase todo mundo lê alguma coisa nas redes sociais, o que é sempre bom, mas ao mesmo tempo muitas vezes soa como se o entendimento, que é livre e deve ser livre, vira uma guerra de comentários que, por não serem cara a cara, ficam parecendo uma artilharia sem rumo, sem um comando sério, cujo objetivo seja somente a provocação barata, sem a mínima profundidade construtiva. Porém, otimista que sou, acredito que essa nova geração, salvo algumas exceções, será a que iluminará o mundo, não com uma fogueira onde os livros sejam queimados, como querem muitos, mas sim uma iluminação de mentes, que por pensarem diferente sem serem inimigas, fazem justamente do aproveitamento dos “pensares” diferentes a força que sustentará a evolução.

Que nessa nova etapa da Biblioteca, que nunca morreu, para os que amam os livros, ela, a Biblioteca, seja mais respeitada por todos ao seu redor, falo aqui, especificamente dos vereadores e todos os que compõem toda a conjectura da Câmara, pois se fechou um dia, alguns ou todos foram responsáveis, assim como estão sendo, alguns ou todos pela reabertura.

Mas como passado é passado, parabenizo a atual administração e todos os poderes envolvidos em tal empreitada em nome, que ousadia a minha, de todos os livros que ficaram tão desamparados por este período de tempo. Quantos irão à Biblioteca por dia, por mês ou por ano, tem uma relativa importância, mas a qualidade dos que forem e como eles saírem, com certeza, será de suma importância. Agora um puxão de orelha em algumas autoridades: “os senhores deveriam, assim como eu deveria, frequentar mais as Bibliotecas, eu por escrever em um Jornal, e os senhores por falarem em público, para que nós, não cometamos tantos erros em nossas falas e escritas. A maneira correta é sempre a mais bonita, a mais inteligível”. Que não tenhamos medo de aprender!

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