LOUVEIRA: Coluna de João Batista – LOUVEIRANDO

O Tempo não para

As coisas parecem ter vida própria e o tempo nos coloca onde deveríamos estar, e ao final, o tempo, vencerá a todos nós, participemos de passeatas ou não. Numa manhã dessas, de terça-feira, fui ao CEMO – Centro de Especialidade Médica e Odontológica de LOUVEIRA, onde meu sangue foi colhido para fazer exames relativos ao meu fígado, a pedido da dermatologista, pois tomei remédio para micose e esse remédio pode atacar o fígado. Cheguei ao local, no Bairro do Quebra antes das 7h da manhã, pois o atendimento começa às 7h, abriu às 7h02min, segundo o relógio da senhora que estava logo atrás de mim. Ninguém reclamou. O tempo que fiquei na fila, com 9 pessoas à minha frente, quase ninguém conversou e, do pessoal que trabalha no local, apenas três pessoas não disseram bom dia. LOUVEIRA, para a grande maioria dos louveirenses é uma cidade muito querida, uma cidade que oferece, dentro das suas possibilidades de cidade pequena e interiorana, um atendimento na área da saúde, que eu e muita gente que conheço considera de muito boa qualidade. Também enquanto estava na fila, de cara para a rua, que por preferência minha, sempre olho para a rua, vi a moça da van escolar sem cinto de segurança, vi a moça do laboratório que parou para entregar os exames prontos e, de maneira correta ligou o pisca-alerta do carro. Vi o pai com a criança no colo indo para a escola e, não sei quem tinha mais cara de sono, se o pai ou a criança, e foi diante dessa cena que pensei que todas as escolas deveriam ter aula das 10h às 18h, pois para mim que nunca gostei de levantar cedo, fica sempre a impressão de que ninguém gosta. Logo que abriu a porta e todos começaram a entrar, fui ao balcão de triagem para a coleta de sangue, e, peguei surpreso a ficha número 3 de atendimento prioritário, “nossa já estou com 60 anos”, pensei. Às 7h22min fui chamado e a moça que “tira sangue”me pareceu tão delicada e, com a sua voz de quase menina me alertou que eu sentiria uma picada, tal qual de uma formiga, e, ela tinha razão, foi rápido quase indolor. Saí contente, pensando na vida e nas possibilidades que nos são oferecidas todos os dias, olhei para o céu e disse: “Obrigado LOUVEIRA.” Foi aí que ouvi a frase vindo de um celular “o tempo não para e no entanto ele nunca envelhece…” era o Roberto Carlos cantando, pode?

Trilha Sonora / Força Estranha / Roberto Carlos

468 ad