LOUVEIRA: Estanislau conta sua história de luta pela Santa Casa e rebate denúncias
“Para rebater as denúncias do ex-secretário Municipal de Saúde de LOUVEIRA, Vítor Martinelli, envolvendo o vereador Estanislau Steck (PSD), e publicadas na edição anterior da FOLHA, o referido parlamentar procurou a redação da FOLHA NOTÍCIAS para pedir, como reza a lei, o seu direito de resposta, já que se sentiu atingido pela acusação de prática de alguns ilícitos citados pelo ex-secretário. Como é do feitio desta FOLHA, o vereador foi imediatamente atendido em seu intento, sendo então disponibilizado para o mesmo espaço (em caracteres) concedido ao seu denunciante. Cabe agora ao público ler e meditar sobre a versão de Estanislau Steck e as denúncias de Vítor Martinelli e chegar ou não à sua própria conclusão dos fatos. Quanto a nós da FOLHA, continuamos em nossa política de sempre dialogar com os dois lados da questão, e publicando ambos, desde que não seja ferido o princípio da ética e do respeito mútuo. Segue a versão do vereador Estanislau Steck”. (Geraldo Maia – Editor Chefe da FOLHA NOTÍCIAS)
“Desde 2005, como membro do Conselho de Saúde, presidente da comissão de finanças, fiscalizando e cobrando ações da prefeitura, via a Santa Casa sob intervenção do prefeito Eleutério, receber verbas e promessas de ampliação, com a construção da sonhada UTI. No final de 2006 foi apresentado um projeto ao Conselho, mas que nunca saiu do papel.
A partir de 2009, já como vereador, pude constatar que a Irmandade foi menosprezada na administração, sendo a Santa Casa uma extensão da própria prefeitura, onde funcionários eram contratados e demitidos a critério do prefeito Eleutério. Liderei, juntamente com o vereador Clodoaldo, a primeira Comissão Especial de Inquérito (C.E.I.) da história do município de LOUVEIRA, para apurar mortes e erros médicos que causaram sequelas em vários pacientes. Esta CEI encaminhou várias ações para os Conselhos de Ética tanto da Santa Casa quanto do CRM (Conselho Regional de Medicina).
Em 2011, já como presidente da Câmara, organizei junto aos vereadores visitas surpresas (diurnas e noturnas) para fiscalizar o atendimento da entidade. Continuou a campanha pela ampliação, modernização e construção da UTI, o que, pela falta, causava muitos transtornos aos pacientes e muitas mortes ocorreram pelo atendimento inadequado.
Neste mesmo ano, foi solicitado à Câmara o valor de R$ 9 milhões que seriam destinados à construção do anexo, que após a apresentação do projeto inicial pela Prefeitura (a Irmandade continuava fora do processo), o dinheiro foi liberado pelos vereadores e a obra começou ser fiscalizada pela Vigilância Municipal, Secretaria de Obras, pelo jurídico da Santa Casa e da própria prefeitura. Liderei também, com os vereadores, a primeira visita à obra, quando estava no ponto de laje, e até então, problema algum havia sido relatado.
Em Agosto de 2012, o então secretário de Saúde, Vítor Martinelli (o prefeito já era Valmir Magalhães, que havia assumido há 6 meses, após a morte de Eleutério), solicitou à Câmara mais R$ 5 milhões para equipamentos, pois a obra já estava adiantada. Nesta fase, havia também o acompanhamento da enfermeira Isabel, cargo de confiança do Sr. Vítor, especialista em obras hospitalares.
Na época, o secretário Martinelli defendeu a liberação da verba junto aos vereadores, em reunião de comissões gravada, com ata assinada por todos os presentes. Foi agendada uma visita à obra, na qual se passou a ideia de que tudo caminhava bem e era urgente que se liberasse mais recursos. Com os pareceres favoráveis (tanto jurídico, como financeiro), eu, Estanislau Steck, então presidente da Câmara, coloquei em votação e os vereadores aprovaram. Em 30 dias começaram os problemas entre Prefeitura, Santa Casa e MHS Engenharia, que levou à paralisação da obra e ações judiciais, com acusações de ambos os lados.
Apesar das promessas da atual Administração feitas no ano de 2013, após auditoria realizada para retomada e conclusão da obra, o que não aconteceu, culminando com um laudo contratado pela administração da Santa Casa, desta vez sob o comando do Sr. Alceu Steck, provedor da Irmandade, que foi reestruturada e com o encerramento da intervenção de quase 8 anos (recebeu das mãos da prefeitura a gestão da Entidade). O referido Laudo, feito pela empresa do Sr. Henrique Jatene, indicou pela demolição do prédio.
Diante deste fato, e motivado por outros apontamentos de irregularidades pelo agora denunciante, o ex-secretário de Saúde Vitor Martinelli, eu, Estanislau Steck, atual presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, liderei novamente um movimento de criação de uma CEI, desta vez, juntamente com mais quatro vereadores, para apurar os responsáveis pelo gasto de R$ 7 milhões na obra de ampliação da Santa Casa, que agora está parada há quase 3 anos pela atual administração e prestes a ser demolida.
A atual CEI é presidida pelo vereador Marquinhos Deca, o vice é o Alan Jacuí, tendo como relator a minha pessoa, Estanislau Steck, a vereadora Clarice e Mauro Chiquito como membros.
Quero concluir dizendo que nossa Câmara sempre se mostrou solidária e prestativa quando o assunto é a Santa Casa de Louveira, e lamentamos que, apesar de todo nosso apoio, nossos munícipes continuam sofrendo pela falta de equipamentos modernos e morrendo pela falta de UTI. Nosso fabuloso orçamento não está sendo revertido de forma efetiva para o benefício da saúde do povo”.