LOUVEIRA: Falta d’água atinge Louveira, de novo!

Louças amontoadas no Burch
Muito tem se visto sobre problemas de falta d’água em todo o estado de São Paulo, mas a crise parece ter chegado de vez em LOUVEIRA. Isso porque durante toda a semana a FOLHA NOTÍCIAS recebeu várias denúncias sobre a interrupção de abastecimento de água em bairros de toda a cidade, chegando a atingir até mesmo alguns condomínios, como o Villaggio Cappriccio, que estava desde sexta-feira, 17, sem receber uma gota de água.
POPULAÇÃO SOFRE
Entre as regiões afetadas que entraram em contato com a redação estavam o bairro Burch, Vila Bossi, Vila Pasti, Alto das Colinas, região do Cristo no Bairro Santo Antônio e Villaggio Capriccio. Diante de todos esses casos o que mais chamou a atenção foi o dos moradores da rua Martinho de Ludres, no Burch. Segundo relato dos moradores, a água acabou na tarde de quarta-feira, 15, e até o fechamento dessa matéria ainda não havia voltado às torneiras em sua plenitude. Conforme explicaram à reportagem, “a água volta por meia hora, mas logo acaba outra vez”, disse uma moradora que não quis se identificar.
Outro morador da mesma rua, Diego Henrique Monte, contou que a falta d’água no bairro são constantes, mas nunca ficou tanto tempo sem fornecimento. “Como eu tenho duas caixas d’água, ela acabou pra mim no sábado. E aqui em casa sou só eu e minha esposa, mas aqui do lado mora família com criança pequena. E a gente vê o vizinho saindo no carro cheio de bal
des pra pegar água duas, três vezes por dia. O ruim é ficar sem água e sem informação por mais de uma semana. Se a Prefeitura avisasse a gente se programaria”, ressalta. No mesmo local, em conversa com vizinhos, foi apurado que algumas pessoas sequer conseguiram lavar o uniforme de trabalho, tendo que usar por vários dias a mesma roupa.
Uma cena comum de se encontrar nas casas eram pias e máquinas de lavar lotadas. Donas de casa reclamando que não havia água para cozinhar, lavar a louça ou as roupas. Tomar banho, só de canequinha. Mas a crise atingiu áreas nobres da cidade também. As vilas Bossi e Pasti, por exemplo, só tem fornecimento dia sim, dia não. O condomínio Villaggio Capriccio teve seu abastecimento interrompido na sexta-feira, 17, e só foi restabelecido na quarta-feira, 22.
CADÊ A ÁGUA?
Até o momento a Prefeitura de LOUVEIRA ainda não admitiu que existe racionamento na cidade, mas fica difícil de acreditar. Afinal, se não está faltando, onde estão escondendo a água? A situação já perdura dois anos, antes mesmo da longa estiagem que o Estado de São Paulo vem sofrendo. É fato que, muitas vezes, o Poder Público considera uma mancha na Administração ter em seu currículo um racionamento de água. Porém, não admitir que a cidade está em crise há tanto tempo tem um custo maior para a população. Já que se há um período garantido de fornecimento todos se programarão para juntar água suficiente para os tempos de seca nas torneiras.
Sem isso, a única coisa que a Prefeitura está conseguindo é deixar os louveirenses irritados.
SOLUÇÕES
A Administração de Júnior Finamore até tentou dar um jeito nos problemas hídricos da cidade. Mas, adivinhem, estava tudo irregular. Pois bem, houve a tentativa de construir uma represa próxima ao prédio da Prefeitura, muita terra foi mexida, muito barulho foi feito, e no fina
l descobriu-se que a Prefeitura não tinha a devida autorização dos órgãos competentes.
Com isso, mais uma vez provou-se que a obra era apenas uma oportunidade eleitoral mal aproveitada. A afirmação se deve ao fato dessa obra não estar nos planos de governo de Finamore, e quando foi posto em ação, acabou atrasando ainda mais uma possível solução para LOUVEIRA. O pior é que o prefeito só tem mais dois anos para resolver este problema de falta de água. E pelo jeito que as coisas andam (vão muito mal), não vai dar tempo!

Falta d’água mudou a rotina de Diego