LOUVEIRA: Greve afeta sistema de saúde


A reportagem da FOLHA NOTÍCIAS esteve conversando com usuários e funcionários do Posto de Saúde do Centro e do Burch sobre o quanto a greve geral dos servidores tem afetado a população de LOUVEIRA, e a maioria acha que afetou bastante, principalmente no tocante ao atendimento médico, marcação de consultas e a realização de exames.

REDUÇÃO DE COLETAS
Tanto, que uma funcionário do laboratório que presta serviço à Municipalidade, constatou para a reportagem, que fazia no Posto Médico do Burch cerca de 40 a 50 coletas e que agora a média caiu para 15 a 10 coletas, e que no Posto do Centro, e no CEMU, recolhia de 50 a 60 coletas e hoje a média é de 20, 18, 25 coletas.

SEM CONSULTA MÉDICA
Mas a maioria acusou a dificuldade de agendar consulta médica e de realizar a consulta já agendada, geralmente com dois meses ou mais de antecedência. “A dificuldade maior fica com a Santa Casa para conseguir consulta médica. A médica só atende duas vezes por semana. Mas não sabia que estavam em greve. Não percebi nada”, constata Antonio Carlos, morador do Centro.

Valdirene Soares estava com uma sobrinha de 4 anos de idade com uma consulta em caráter de urgência com o cardiologista. “A menina tem cardiopatia. A consulta foi marcada com quase dois meses de antecedência, e agora dizem que não remarcam porque não sabem quando vai acabar a greve”. Ela mostrou a guia da consulta com o nome da médica, dra. Marcela. Com cardiopatia grave a criança corre risco de morte.

CONTROVÉRSIAS SOBRE A GREVE
Já João Francisco Ferreira disse que só pegar remédios foi bem atendido. Só o óculos é que demorou muito. Uma funcionária que não aderiu à greve disse que os companheiros de trabalho estão fazendo muita falta, mas ela preferiu não se identificar. Para Andreia Leal, “a greve não me afetou, estou sendo bem atendida”, reconhece.

Mas Edmar José Santana teceu duras críticas ao atendimento do Posto do Centro. “A greve tem me afetado muito, minha esposa está duas semanas sem fazer fisioterapia, o ombro dela está muito inchado, e as consultas não foram remarcadas porque não sabem quando vai acabar a greve”

Por sua vez Lucas Buosi queixou-se da greve nas escolas. “Estão todas paradas, e pediram para não enviar as crianças porque as merendeiras e cozinheiras estão em greve”.

Outra que estava bastante aborrecida com a situação foi Lucineide Bastos. “Não tive como fazer acupuntura porque o médico está em greve. E também não tem vacina contra a febre amarela no Posto do Centro. Só no PA do Bairro e do Burch”.

SEM DENTISTA
‘Alguns médicos deixaram de vir, e alguns que já são difíceis de marcar, deixaram de atender, como o oftalmologista, que já demorava, agora é que vai demorar muito. Muitas consultas agendadas para o Posto do Centro não foram realizadas, reconhece Joyce Leão. O problema de Valdetino Macedo é conseguir um dentista. “Estou com muita dor e não tem dentista. Está em greve. Estou tomando dipirona para segurar a dor. Estou sem condições no momento para um dentista particular”, queixa-se. Faltou pediatra para o filho de Carlos Henrique de Freitas. “Mas pelo menos remarcaram para daqui um mês. Tudo por causa da greve”, avalia.

JUSTIÇA DECIDE
Na próxima quinta-feira, 27, às 15h, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo vai se reunir com o o prefeito Júnior Finamore, com o Sindicato dos Servidores e com a Câmara Municipal para avaliar e decidir o que será feito para atender as reivindicações dos funcionários públicos e diminuir o sofrimento da população com a intransigência do prefeito que tenta a todo justificar o injustificável: a concessão de 1% de aumento para os servidores públicos de LOUVEIRA. Com a palavra a Justiça.

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