LOUVEIRA: Gritaria, bagunça, bate-boca e prova cancelada: concurso público teve de tudo
Em mais um episódio que há de marcar a Administração do prefeito de LOUVEIRA Jr. Finamore, a empresa responsável pelo concurso público do município, a SHDias Consultoria e Assessoria, teve de cancelar a prova que fariam os 799 candidatos aos cargos de técnico de enfermagem.
O motivo: um envelope com as provas apareceu sem o lacre no exato momento em que começaria o exame. A falha foi registrada no domingo, 6, na sala 87 do Bloco L da Faculdade Anhanguera, em Jundiaí – onde todas as provas foram marcadas, por conta do grande volume de inscrições para o concurso. No total, 8.824 pessoas se inscreveram – sendo 799 para o cargo de técnico de enfermagem.
A confusão começou assim que uma das candidatas, sentada numa das carteiras mais à frente da sala, notou quando o fiscal começaria a distribuir as provas de um envelope que não continha lacre. Uma candidata que estava naquela sala afirmou à reportagem da FOLHA NOTÍCIAS que, mesmo com a denúncia da falta de lacre, o fiscal chegou a falar em ‘bom senso’. “Eles queriam que a gente fizesse a prova de qualquer jeito. O fiscal tentou ‘empurrar’ um nariz de palhaço nas pessoas, mas todo mundo começou a gritar e a reclamar”, disse a moça, que pediu para não ser identificada por medo de retaliações.
Outras pessoas presentes à sala sacaram seus celulares e começaram a gravar, em vídeo, a gritaria (um destes vídeos chegou à FOLHA NOTÍCIAS e pode ser visto na página do Facebook do jornal) – o que também configuraria quebra nas regras. Afinal, diz o item 05.01.18 do edital do concurso público PML 001/2016: “Durante a realização da Prova Escrita os candidatos ficarão terminantemente proibidos a utilizar qualquer tipo de aparelho eletrônico (calculadoras, bips/pagers, câmeras fotográficas, filmadoras, telefones celulares, smartphones, tablets, relógios do tipo data-bank, walkmans, MP3 players, fones de ouvido, agendas eletrônicas, notebooks, palmtops ou qualquer outro tipo de computador portátil, receptores ou gravadores) seja na sala de prova, sanitários, pátios ou qualquer outra dependência do local de prova.”
Chamada, a Polícia Militar foi à Faculdade Anhanguera, mas não pôde entrar. Os candidatos tiveram de ir à calçada para ouvir as instruções dadas pelos PMs, de que deveriam registrar boletim de ocorrência para preservar os próprios direitos.
No começo da semana, a SHDias publicou no site da empresa nota informando o cancelamento das provas para os cargos de técnicos de enfermagem. No texto, a empresa afirma que “em decorrência da falta de lacre no malote da sala nº 87 do Cargo Técnico em Enfermagem, por responsabilidade exclusiva da empresa, e no intuito de preservar a isonomia e transparência do certame público, a respectiva prova foi cancelada”.
Uma nova prova já foi marcada para 20 de março, no período da manhã, em local ainda a ser definido. Mas os candidatos que não quisessem participar mais poderiam pedir (até 11/3) a devolução do valor da inscrição.
O concurso público oferece três vagas para técnico em enfermagem. O salário é de R$ 2.650,00, com 20% de adicional de insalubridade.
100 candidatos a técnico de enfermagem estavam na sala 87, do bloco L, da Anhanguera, em Jundiaí. Existem indícios de que em outras áreas o mesmo possa ter acontecido. Participantes tem receio de ‘cartas marcadas’
