
Vereadores homenageiam os empreendedores do Turismo Rural de LOUVEIRA
A Câmara Municipal de LOUVEIRA votou, de forma unânime, contra o pedido de abertura de processo que poderia gerar a cassação do prefeito Júnior Finamore. O assunto foi debatido na sessão ordinária da terça-feira, 22 – e mostrou que há uma ‘falsa oposição’ no Legislativo – e que uma suposta ‘mala preta’ voltou a rondar a política do município.
Os parlamentares (inclusive aqueles que se dizem ‘de oposição’) optaram pela forma mais cômoda possível – e acompanharam o parecer da Assessoria Jurídica da Câmara, que foi desfavorável à abertura do processo. O Setor Jurídico opinou que a denúncia apresentada pelo cidadão Clóvis Almeida (que acusava o prefeito de improbidade administrativa, com uso da Imprensa Oficial para propaganda pessoal) era inconsistente. A denúncia protocolada por Clóvis citava a edição 854 da Imprensa Oficial, de 18 de dezembro de 2015, afirmando que as notícias das folhas 1 a 28 “desnorteiam e violam os princípios da moralidade, da impessoalidade e da eficiência”. Com os vereadores votando de forma a acompanhar o parecer do Jurídico, o caso foi arquivado.
Ficou ‘barato’ para o prefeito, apesar de nos bastidores políticos do município circular o boato de que os vereadores teriam negociado, em tese, R$ 5 milhões na semana anterior à votação, o que foi negado por todos. E ficou mais ‘barato’ ainda para os próprios parlamentares da ‘oposição’, que haviam declarado serem favoráveis à apuração da denúncia.
Como se sabe, um dos papéis de um vereador é fiscalizar o Poder Executivo. Se quisessem de fato fiscalizar os atos do prefeito, os parlamentares deveriam ter adotado postura contrária. O Jurídico deu parecer de que há inconsistência de provas? Pois então que chamassem o autor das denúncias, orientando o cidadão no sentido de juntar mais documentos, preparar a petição com mais esmero (se fosse o caso), tomar outras providências ou, até mesmo, apontar outros caminhos e dar a assitência jurídica necessária. Mas não: preferiram a via fácil, mostrando a verdadeira faceta deste grupo que se autodenomina ‘de oposição’.
FALSA OPOSIÇÃO
Aliás, tão ruim quanto não acompanhar a verdade, esta ‘falsa oposição’ (engordada com a chegada de três novos vereadores que, aparentemente, teriam mudado de lado. Já se sabe que foi só aparência) usou a denúncia para fortalecer politicamente o prefeito. Daí a suspeita lançada por algumas pessoas no final daquela sessão de que uma bem nutrida ‘mala preta’ percorreu de forma generosa todos os gabinetes, inclusive os da falsa oposição. Verdade ou não, cresce então a linha de raciocínio na direção de que a até então a pré-candidatura de oposicionistas não passaria do já mencionado (e negado) ‘Plano B’ do atual prefeito – que, até o momento, não se mostra muito disposto a tentar um segundo mandato, e sim fazer o seu fantoche, ou ‘candidato laranja’ e dessa forma todo o seu sistema continuaria em operação.
ABADIA AGITA
Se a sessão ordinária estava em banho-maria (devido à ‘amarelada’ dos vereadores, após verem o conteúdo da suposta ‘mala preta’), o clima esquentou com a chegada dos moradores que foram despejados no bairro da Abadia, Portando cartazes e gritando palavras de ordem, eles questionavam as medidas concretas dos vereadores para o problema que enfrentam. Citaram, ainda, o total descaso da Prefeitura – que chegou ao ponto de, em reunião realizada na Abadia com o secretário de Gestão Ambiental, Claudio Scalli, colocar fotos da área desapropriada, mostrando os moradores despejados como um mau exemplo. O fato foi registrado durante o lançamento do Decreto Municipal nº 4.406 de 18 de janeiro de 2016. Esta foi a única resposta dada pela Prefeitura até o momento para os moradores despejados da Abadia.
Coube à vereadora Clarice Aparecido (SD), presidente da Comissão de Assuntos Relevantes, tentar acalmar os ânimos e contar as ações encaminhadas pela comissão à juíza, ao Executivo e à Promotoria. Segundo Clarice, a juíza informou que se encontra impedida de tratar do assunto. Já a promotora teria dito que a questão está ‘judicializada’. Assim, as questões levantadas só podem ser apreciadas dentro do processo. A Prefeitura simplesmente encaminhou o Decreto Municipal nº 4.406 de 01/2016. Ficou então acertada uma reunião da Comissão de Assuntos Relevantes da Abadia para a segunda-feira, 28, 18h, na Câmara Municipal de LOUVEIRA.

Despejados da Abadia com cartazes
MORTE NO VENTRE
O presidente Nilson Cruz (PSD) mais uma vez bateu firme na Santa Casa por causa da precariedade em que ainda se encontra o único hospital de LOUVEIRA, sem ultrassom, sem tomógrafo, sem raio-X, o que em parte foi responsável pela morte de um bebê ainda no ventre da mãe. “É um absurdo perder um bebê nestas condições, na barriga da mãe. Por falta desses aparelhos a família teve que deslocar a grávida para o hospital em VALINHOS, e ficou indo e voltando até que perdeu o bebê. Nós liberamos mais de R$ 1 milhão para a compra desses aparelhos, mas até agora nada aconteceu. Semana que vem terei reunião com a administração da Santa Casa para me informar sobre a UTI, cuja verba também já foi liberada e até o momento nada aconteceu, e ficamos ainda repetindo essas mortes”, indignou-se Nilson Cruz.
FEDOR FILMADO
Mostrando-se também ‘indignado’, mas sem fazer um comentário sobre a ‘cassação’ do seu ex-parceiro Junior Finamore, o vereador Estanislau Steck (PSD) comentou sobre a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de LOUVEIRA. “Estive filmando no ponto onde é feito o lançamento no rio Capivari. É um fedor terrível, o material de esgoto não é tratado, apenas coletado e levado para a ETE, não recebe tratamento algum, é jogado ‘in natura’ no rio. Já oficiei ao Consórcio PCJ para vir até aqui e elaborar um laudo mostrando como está a real situação da ETE”, afirmou. Estanislau mais uma vez não teceu críticas ao prefeito e disse que a cassação dele não é sua meta, aí sim indignando os presentes na platéia, que esperam mais de um ‘oposicionista’. “Não vou bater no prefeito porque este tipo de ação faz ele crescer nas pesquisas”, afirmou, estranhamente, Estanislau.
TURISMO RURAL
O vereador Alan Jacuí (SD) apresentou moção de congratulações e aplausos ao Turismo Rural de LOUVEIRA, pela passagem do ‘Dia Nacional do Turismo’, 2 de março. Segundo Alan, LOUVEIRA foi quem iniciou o projeto de Turismo Rural na região, servindo de exemplo para as cidades vizinhas, sendo referência nesse setor que tem proporcionado geração de emprego e renda, preservação ambiental e manutenção das propriedades rurais mantendo as tradições louveirenses através de famílias como Miqueletto, Pagotto, Burch, Daroz, Biazzi, Winkler, da turismóloga Rafaela Lourençon, e da Chácara Aliança, Produtos Berna, Portal da Água Viva, Comida do Sítio, Loja Terra, Sítio Santa Rita, Orquidário Anjos, Sítio Registro, Fazenda e Restaurante Luiz Gonzaga, Café do Campo, Cantina do Aldo, Hotel Santa Mônica e todos os que participam do Turismo Rural em LOUVEIRA.
CÂMARA NOS BAIRROS
Os vereadores aprovaram por unanimidade a criação do Programa Câmara nos Bairros, de autoria do presidente da Casa, vereador Nilson Cruz (PSD). O programa faz parte de um conjunto de ações que está sendo desenvolvido a fim de promover a modernização, transparência e integração do poder Legislativo com os munícipes. Três integrantes da Associação Ciclística de Louveira (Acil) assistiram os vereadores aprovarem, também por unanimidade, o projeto de lei de autoria da vereadora Sônia Tarallo (PSD), que declara a entidade como de utilidade pública.
REAJUSTES
Os dois projetos referentes ao reajuste salarial de 10,67% dos servidores públicos municipais da Prefeitura, da Fundação Municipal de Habitação (Fumhab) e da Câmara foram aprovados também por unanimidade. O reajuste (que não é aumento) tem efeito retroativo a 1º de março, para pagamento a partir de abril, e engloba servidores ativos, inativos, aposentados e pensionistas do município levando em conta a variação do IPCA/IBGE referente ao ano passado. O vereador Estanislau Steck criticou o valor do cartão alimentação da Prefeitura, abaixo do valor alimentação oferecido aos servidores da Câmara. “Com certeza a Prefeitura tem condições de igualar os valores, que na Câmara passará de R$ 400 mensais com a aplicação do reajuste”, opina.