LOUVEIRA: Médico cobra da população maior responsabilidade no combate aos vírus
O médico infectologista, Carlos Roberto de Oliveira Sauer, em palestra realizada na Câmara Municipal de LOUVEIRA, no auditório Jacyr Dinofre (plenarinho). Fez um apelo à população para que assuma o protagonismo no combate aos diversos vírus que estão colocando em perigo a vida dessa mesma população que, segundo o médico, precisa deixar de depender do estado e assumir o seu papel de combate ao mosquito da dengue que também transmite o zika vírus e a chinkungunha, assim como os vírus da gripe e da influenza (H1N1) que tem causado um número de mortes muito grande não só em São Paulo como em todo o país.
“É preciso eliminar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti, e isso só a população pode fazer, é papel de cada um destruir os locais onde o mosquito vive e se alastra, não é papel do estado que não pode entrar na casa de cada um ficar vigiando o tempo todo. Quem deve e precisa fazer isso são os moradores, porque a maioria dos criadouros está nas residências. Com o vírus da gripe não é diferente. Quem tiver alguma fragilidade como problemas cardíacos, pulmonares, hepáticos, tem diabetes e mais de 60 anos, é menor de 5 anos, gestante, puérpera (teve bebê a pouco tempo), todas essas pessoas têm que tomar vacina”, adverte dr. Carlos Roberto.
EVITAR AGLOMERAÇÕES
“Quem tiver sintomas gripais como febre alta com calafrios, dores de cabeça, dor no corpo, tosse, cansaço, deve procurar o médico imediatamente. As demais pessoas fora do grupo de risco não precisam ficar alarmadas. Se são saudáveis devem se cuidar ainda mais evitando aglomerações como estádios de futebol, shopping centers, igrejas lotadas, cinemas, descansar, e se tiver que trabalhar em um desses locais ou outro local com muitas pessoas, deve usar máscara cirúrgica e trocar quando estiver úmida. Importante também é evitar tossir sem proteção, melhor usar o cotovelo, mas se usar a mão, colocar um lenço de papel e depois higienizar as mãos. A higienização das mãos com sabão e álcool gel é fundamental porque o sabão e o álcool matam o vírus”, orienta o infectologista.
Dr. Carlos Roberto comentou que é melhor evitar situações que possam colocar em risco pessoas suscetíveis a pegar essas doenças. Para o médico o ideal é todo mundo tomar vacina, o que ainda é impraticável, no sentido de se evitar ao máximo a circulação dos vírus entre a população. Sobre a questão da faixa etária, dr. Carlos Roberto entende que quem menos de 60 anos, é saudável, se cuida bem, faz exercícios regularmente, se alimenta de maneira adequada e não tem parente ou pessoa ao seu cuidado ou que more consigo a quem possa transmitir o vírus ainda na fase assintomática que dura cerca de uma semana, não precisa vacinar. Mas se por outro lado cuida de idosos ou de crianças menores de 5 anos, nesse caso, quem tem menos de 60 anos deve sim, vacinar.