LOUVEIRA: Moradores da Abadia estão revoltados com a Prefeitura

Decepção: Prefeitura
não compareceu à reunião
Desastrosa. Esta foi a consideração a respeito da reunião entre representantes da Prefeitura de LOUVEIRA e moradores do Bairro Abadia, na última quinta-feira, 26, para tentar resolver o impasse de obras embargadas na comunidade. Apenas o ouvidor da Prefeitura, Jean Nascimento, compareceu ao encontro para falar que ninguém iria conversar com cerca de 150 presentes no salão comunitário do bairro. “Os secretários disseram que não tinha solução e ainda não tinham propostas para o bairro, então falaram para eu desmarcar a reunião de última hora e me avisaram no fim da tarde. Peço desculpas a todos vocês, não sei mais o que fazer”, afirmou o ouvidor. Foi o estopim para a revolta geral de todos.
Depois de muita discussão e até xingamentos, Jean não aguentou a pressão e pediu para sair, pois disse que não tinha “qualificação para atender as questões levantadas pelos moradores”. A representante da comunidade, Gracie Biazzi, disse que tudo havia sido marcado previamente e foi até avisado nas missas e nas reuniões da comunidade. Os moradores Julliano Gasparini e Maicol Salim interviram na fatídica discussão e propuseram a formação de uma comissão de representantes para buscar soluções junto ao Poder Público e Ministério Público. “O que ocorreu aqui foi um tremendo desrespeito. Todos saíram de suas casas para discutir propostas, mas ninguém apareceu. O bairro Abadia está abandonado”, explanou Gasparini. Já Salim disse que a Administração Junior Finamore não tem dado atenção aos pedidos e clamores do bairro Abadia. “Estamos com vários pedidos de desmembramentos, obras e construções e faz mais de 2 anos que não temos respostas. Agora, quando vamos conversar com alguém da Prefeitura, eles fogem do diálogo. A ideia é juntar todos os pedidos paralisados e encaminhar novamente de uma só vez. Essa é a proposta da formação da comissão”, comentou.
A única autoridade presente no local foi o vereador Estanislau Steck, que se comprometeu em levar as reivindicações à Prefeitura e à Câmara. “Tudo isso está acontecendo porque parte do Plano Diretor feito pelo prefeito deu errado e está parcialmente embargado. E a Abadia está dentro de uma área que tem suspensão de obras e construções. É um impasse complicado, mas vamos ver o que a Câmara pode fazer”, finalizou o vereador. “Segundo o ouvidor oficial da Prefeitura, participariam da reunião os secretários de obras e meio ambiente, além do secretário jurídico. Ou seja, cerca de 150 pessoas saíram de suas casas para nada e ainda passaram nervoso. Fomos enganados!”, disse um dos moradores revoltados.