LOUVEIRA: Novo investigador chefe da Polícia Civil alerta para a importância do Boletim de Ocorrência
Em entrevista exclusiva para a FOLHA NOTÍCIAS, o recém-empossado investigador chefe da Delegacia de Polícia Civil de LOUVEIRA, Paulo Stéfani, alerta para a importância das vítimas dos mais variados tipos de crimes, para que registrem o famoso BO (Boletim de Ocorrência) que tem muita relevância para dar início às investigações até o levantamento de evidências que possam elucidar um crime eventual, e chegar a outros crimes cometidos pelos acusados. O agente policial Stéfani também evidencia a integração das Forças Policiais da cidade junto com o Ministério Público (MP) e à Justiça de São Paulo. Acompanhe a entrevista:
FOLHA NOTÍCIAS (FN) – Investigador chefe Paulo Stéfani, seja bem vindo à LOUVEIRA, que seu trabalho seja coroado de sucesso. Poderia informar então aos nossos leitores da FOLHA a sua procedência e experiência no setor investigativo?
Paulo Stéfani (PS) – Nasci em Itatiba, mas mudei para Jundiaí onde moro há 42 anos. E agora tenho a oportunidade de assumir a chefia da investigação em LOUVEIRA desde o começo de dezembro de 2017. Para entrar na Polícia Cívil, prestei concurso 1989 e em 1990 iniciei a minha trajetória na instituição atuando na Garra – Grupo de Repressão a Roubos e Assaltos, estive na Delegacia Anti Sequestro, na Dise, Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes e Narcóticos, na DIG, Delegacia de Investigações Gerais, incluindo crimes contra a pessoas e patrimônio, a exemplo de injúrias, ameaças e lesões corporais.
FN – Qual a sua impressão inicial sobre a Delegacia de Polícia de LOUVEIRA?
PS – Como a Delegacia de LOUVEIRA está filiada à Delegacia de Polícia de Jundiaí, aqui tratamos de todas as especies de crimes, e o que se nota mais claramente é que carece de recursos humanos. Mesmo assim estamos desenvolvendo um trabalho de investigação no município com o apoio das forças policiais existentes, como a Guarda Municipal, através do secretário de Segurança dr. Sidney, que não nos tem negado apoio, e também com a participação da Polícia Militar
FN – E quanto aos equipamentos, armas, munição e viaturas, como está a situação?
PS – Quanto aos equipamentos, armamentos e viaturas, temos tido uma assessoria muito boa da seccional de Jundiaí que, na maneira do possível tem suprido nossas necessidades. O problema mesmo é a falta de pessoal. Nesse aspecto, a Prefeitura de LOUVEIRA tem nos ajudado muito cedendo funcionários para trabalharem conosco na parte administrativa.
FN – Quais as metas para essa sua gestão em LOUVEIRA?
PS – Como nossa Delegacia abrange todos os crimes, e não conhecia a cidade, só de passagem, procurei ouvir o pessoal da casa que apontou para a grande incidência de roubos de carga. Porque LOUVEIRA tem um parque industrial de galpões, uma logística muito grande e a consequente circulação de caminhões, tudo isso é chamativo para as quadrilhas especializadas em roubos de carga. Então, nós desenvolvemos um trabalho investigativo e fizemos algumas prisões. De modo que desde janeiro até agora não tivemos um só caso de roubo de carga. E com essas prisões foram esclarecidos alguns outros roubos.
FN – O que é preciso para que o trabalho investigativo tenha início?
PS – Nossa direção investigativa depende do registro no Boletim de Ocorrência (BO). Tudo o que chega na delegacia e é registrado nós investigamos. O que não tem registro (BO) não existe para a Polícia porque o boletim de ocorrência é a ferramenta que dá início ao processo de investigação e nos permite levantar dados, provas e testemunhas. Para isso, nós estamos integrados com as Forças Policiais da cidade, com o Ministério Público (MP) e a Justiça, o que ajuda muito, por exemplo: para termos os mandados de prisão, de busca e apreensão, precisamos da ajuda da promotora e da juíza. Ambas já estiveram aqui na delegacia, quando tive o prazer de conhecê-las.
FN – Então o Boletim de Ocorrência (BO) é fundamental para que se chegue aos autores dos crimes?
PS – Sim, é imprescindível que se faça o BO, em vez de pensar que não vai dar em nada, que é perda de tempo, mas é com o BO que nós podemos descobrir que autores (ou o autor) de determinado crime podem estar ligados a outros crimes mais graves. Então, peço à população que por favor registrem as ocorrências no BO para podermos investigar o ocorrido.
FN – Qual o efetivo atual da Delegacia para efetuar as investigações?
PS – Trabalhamos no sacrifício para atender a população o tempo todo. Temos dois investigadores, eu como chefe de ambos, um delegado, dois escrivães e o chefe deles, e contamos com o apoio de funcionários da Prefeitura Municipal de LOUVEIRA que atuam na parte administrativa. Precisamos de mais efetivos, mais concursos públicos, mais policiais. Mas em todos os estados a situação da polícia civil é quase a mesma. Ficamos 24 à disposição porque o crime atua o tempo todo, não tem hora para acontecer. As Forças Policiais são a última barreira entre a população e os criminosos. As pessoas precisam confiar nessas forças.
FN – A Polícia Civil tem obtido sucesso no combate ao crime em LOUVEIRA?
PS – Hoje mesmo, graças ao apoio da Guarda Municipal fizemos a prisão de uma quadrilha que andava praticando roubos a residências e ao comércio local, o que só foi possível com a ajuda da Guarda Civil Municipal de LOUVEIRA. Fruto do trabalho integrado entre as Polícias, o MP e a Justiça.
