LOUVEIRA: Polícia e Ministério Público fazem operação por fraude em licitações
LOUVEIRA está longe de ficar de fora dos escândalos de irregularidades na Prefeitura, dos supostos casos de corrupção, e das investigações do Tribunal de Contas, da Polícia Federal e Gaeco. O mais novo fato da semana, foi a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público realizada na manhã desta quinta-feira (14). Chamada de “Arquivos Deslizantes”, o órgão investiga na operação fraudes em licitações nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os detidos estão sendo levados para Campinas (SP) e devem ser encaminhados para Piracicaba (SP), onde começaram as investigações. O foco da operação são licitações para compra de módulos de arquivos deslizantes por prefeituras e câmaras municipais de diversas cidades. As investigações começaram por Iracemápolis (SP), em 2015, após o Ministério Público (MP) receber uma denúncia sobre as supostas fraudes.
Ao todo foram cumpridos 50 mandados na manhã desta quinta, sendo 28 de busca e apreensão e 22 de prisão temporária, em várias cidades de São Paulo como Iracemápolis, LOUVEIRA, Jundiaí, Várzea Paulista, Piracicaba, Campinas, São José do Rio Preto, ABC Paulista, Leme e Franca.
Apontado como chefe da organização criminosa, o vereador de Catanduva (SP), Daniel Palmeira, foi preso durante a manhã na casa dele. Pela denúncia, ele teria fraudado mais de 70 licitações, inclusive em LOUVEIRA. As equipes também foram na Câmara de Vereadores de Catanduva para procurar documentos e outros materiais que possam ser usados na investigação.
PRESOS
Entre os presos, além do vereador de Catanduva, a informação é que foram detidos um empresário em Jundiaí e uma mulher em Várzea Paulista. Em Franca, um bombeiro aposentado foi preso em um escritório no bairro Jardim Aeroporto. Ele é suspeito de fraudar licitações para a compra de materiais de escritório para Prefeituras e Câmaras de Vereadores. Em LOUVEIRA, foram presos dois envolvidos. Ainda não se tem informações sobre quem são, e se fazem parte, ou não, da Administração Junior Finamore.
FRAUDES
Ao longo da investigação os promotores apuraram que ao menos 15 empresas de várias regiões, todas com atuação no ramo de arquivos deslizantes (fabricação, comercialização, representação comercial, entre outros), participavam de licitações simulando concorrência que, na verdade, não existia.
Em diversos casos há demonstração da participação de agentes públicos, que sabiam dos ajustes entre as empresas e preparavam editais direcionados.
Foram identificadas mais de 70 licitações fraudadas pelo grupo em todas as regiões do Estado de São Paulo, em várias regiões de Minas Gerais e também em cidades do Rio Grande do Sul, às quais, somadas, geraram prejuízos aos cofres públicos na ordem de mais de R$ 8 milhões.
Essas fraudes acontecem desde 2009, segundo a promotoria, e continuam sendo praticadas até este ano. As investigações continuam para apurar outros fatos, em especial os inúmeros crimes praticados pela organização criminosa em todas as cidades, bem como para identificar outras pessoas envolvidas no esquema. (Fonte: G1/EPTV)
GAECO
O GAECO, Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, é um setor de atuação do Ministério Público voltado para investigações criminais.