LOUVEIRA: Prefeito Junior tem bens bloqueados e cassação prevalece
De acordo com o apurado, a seleção dos candidatos não aconteceu na sede da empresa ou em local idôneo, “mas sim ora na praça da Igreja Matriz, ora no interior da aludida igreja e, por vezes, ora numa cafeteria”.

Crédito: JJ
O prefeito de LOUVEIRA, bem como os secretários envolvidos, recorreram da decisão, mesmo assim continuam com os bens bloqueados. Outros processos ainda correm na Justiça. Das 62 denúncias contra Finamore, 10 já viraram ações judiciais, ou seja, ainda faltam 52 para análise e julgamento.
CASSAÇÃO
Na coleção de processos, é bom lembrar que Finamore Junior se livrou de apenas um processo de cassação, de dois existentes. Uma ainda prevalece na Justiça. Esta outra, foi parcialmente aceita pelo Ministério Público, também na semana passada. Trata-se de uma AIME (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) que em tese, deixa Junior cassado, mas ele conseguiu manter o ‘efeito suspensivo’ desta ação, ou seja, ele está cassado e pode continuar no cargo. Nesta decisão parcial de agora, o Ministério Público Estadual é a favor que se mantenha a multa, mas a ‘cassação total’ fica a critério do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em audiência que ainda será marcada. O processo foi movido pela Coligação ‘LOUVEIRA Pode Mais’, do então candidato Estanislau Steck, com materiais colhidos pelo ex-secretário de Saúde, Vitor Martineli, e também juntados pela Coligação ‘Muda LOUVEIRA‘, do também candidato Julliano Gasparini. A ação pode ser julgada até o fim do ano. Caso seja procedente, Junior Finamore e a vice Neusa Orestes, perdem os cargos de imediato. O presidente da Câmara, Marquinhos do Leite (PTB), assume interinamente até que novas eleições sejam convocadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
CÂMARA PODE CASSAR JUNIOR (SE QUISER)
Outros problemas que Junior Finamore carrega, são as Comissões de Investigações da Câmara de LOUVEIRA. Um, analisa o suposto esquema das desapropriações milionárias, que envolve amigos do prefeito, empresários e parentes de secretários. Outra investigação segue no contrato de terceirização das creches, onde segundo os vereadores, paga-se mais caro por aluno do que em escolas particulares. Se uma dessas investigações comprovarem a tese de corrupção, suposta supervalorização de lotes, e o possível benefício próprio, a Câmara então pode solicitar a cassação imediata do prefeito, e assim haverá nova eleição.
O exemplo próximo de que a Câmara cassou o prefeito, foi na cidade de Sorocaba, na semana passada. Lá, o prefeito de Sorocaba, José Crespo, teve o mandato cassado por quebra de decoro e prevaricação, envolvendo o uso de documento falso para a nomeação de uma assessora (pouca coisa perto do que há em LOUVEIRA). Em sessão extraordinária, a Câmara Municipal de Sorocaba aprovou, por 14 votos a 6, o pedido de cassação do mandato de Crespo, que é filiado ao DEM. Com a cassação de Crespo, Jaqueline Coutinho, a vice prefeita, assumiu a Prefeitura na mesma sessão.
No caso de LOUVEIRA, as investigações envolvem a chapa completa de Junior, ou seja, se ele cair, a vice prefeita Neusa Orestes também cai.
O presidente da CPI de Sorocaba afirmou: “Ficou flagrante que, em diversos momentos, Crespo teve condição de conduzir uma investigação séria, aprofundada, mas optou pela omissão (igual à Finamore, em LOUVEIRA). Constatamos o uso de documentos falsos pela assessora, mas tudo isso escapou ao radar da Prefeitura”, disse o vereador. Ele acrescentou que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mostrou que eram procedentes as denúncias apresentadas.