LOUVEIRA: Presidente do Conseg fala sobre a área de Segurança neste período de Pandemia

O presidente do Conseg (Conselho de Segurança) de LOUVEIRA escreve para os leitores da FOLHA NOTÍCIAS, conteúdo informativo sobre a situação da área de Segurança em LOUVEIRA, neste período de Quarentena da Pandemia do Coronavírus. Abaixo, segue a crônica de José Dimas Bessornia:

A segurança é SUA

“Afora este momento de exceção em que o mundo vive, um dos problemas que mais afligem os brasileiros hoje em dia, dentre tantos é, sem sombra de dúvida, a questão da segurança pública que, a primeira vista, deixa a desejar aos anseios da população, pois, em muitos lugares a violência e a criminalidade crescem em proporções imensuráveis, parecendo incontrolável pelo poder público.

Aos olhos do cidadão comum, seriam os órgãos de segurança pública osúnicos responsáveis pela segurança da sociedade quando, em verdade, tem essas instituições a função mais árdua de todas, que é de atuar na linha de frente em prevenção ao crime, na busca de criminosos e na execução das leis penais a fim de torná-las efetivas ao exigir o cumprimento das regras sociais e solucionar os seus conflitos.

Assim, durante muito tempo, a problemática da segurança pública foi vista apenas como questão de ordem absoluta das polícias e órgãos competentes, por vezes não tão eficientemente controladas, ou pelo mal dos pecados, controladas politicamente pelos governos. Neste contexto pouco se viu até hoje, repito até hoje, a participação efetiva da sociedade civilque, no final das contas, é a que paga por tudo e deveria ser a primeira a participar de maneira a ajudar, cobrar ações e obter resultados a exemplo de outros países desenvolvidos.

Agora que o mal da insegurança deu um salto às alturas e se alastrou país afora, que não é o caso de LOUVEIRA, diga-se de passagem, a própria sociedade se mostra preocupada com o problema, e começa timidamente a se mobilizar e até já comunga com o preceito constitucional de que a segurança pública é dever do estado, um direito do cidadão, mas também é uma responsabilidade de todos nós, como reza o artigo 144 da Constituição Federal. 

Em um tempo recente, incentivados pelos agentes de segurança pública, já se formam movimentos diversos que objetivam maior interatividade com as autoridades policiais para uma consequente união de forças de combate à criminalidade.

Trazendo esse quadro brasileiropreocupante, aos níveis de LOUVEIRA, em que podemos dizer que vivemos em um oásis razoavelmente seguro, comparativamente às demais cidades do país, percebe-se que a comunidade está pouco a pouco e timidamenteinteressada em participar das associações de bairros, no Conselho Comunitário de Segurança, o já reconhecido CONSEG, Audiências Públicas patrocinadas pela Polícia Militar, Patrulha Maria da Penha coordenada pela Guarda Municipal, entre outras iniciativas. Essesmovimentos devem se fortalecer cada vez mais no sentido de ajudar as Polícias na sua árdua missão de prevenir, combater e restringir o mal, e resgatar cada vez mais a ordem e a convivência saudável entre as pessoas.

Não obstante, essa necessária e importante interação, ainda aparece de maneira emperrada e bastante lenta, pois se percebe que uma grande maioria da sociedade ainda não acordou para o fato de que segurança pública, para si e para sua família, faz parte do seu cotidiano em colaborar na administração da cidade. Tome-se,como exemplo, a dificuldade de juntarpessoas para participar, não só no processo de segurança pública, mas também nos existentes Conselhos Municipais, da Saúde, Educação, Tutelar, Idosos, nas AudiênciasPúblicas da Câmara dos Vereadores, etc . Não estando esses processos funcionando com o apoio da população, e a contento, tudo acaba refletindo sobre o aumento da insegurança.

Percebe-se que estamos passando por um estado que se caracteriza pelo descumprimento de normas, escritas ou não, falta de solidariedade e ruptura de procedimentos éticos consagrados. 

Devemos interromper esse ciclo,incentivar mudanças nessas concepções errôneas de que “pagando o imposto, os problemas da cidade não são meus; estando meu filho na escola,o problema é dela; eu faço a minha parte indo nas mídias sociais e reclamando”. Não se pode ser da turma da “estadania”, ou seja, cidadão sempre tutelado e a mercê do estado e exigindo somente seus direitos pouco se importando com suas obrigações. A crítica construtiva sempre é bem vindamas, antes disso, é necessário conhecer como funcionam os processos da administração pública.

Em suma, para que haja uma maior união e interatividade entre o povo e as entidades públicas, devemos cada vez mais motivar-nos e motivar nosso vizinho na participação efetiva dos destinos da cidade.Temos que manter a nossa fé, esperando que o que está ocorrendo nos traga a experiência necessária para que criemos uma sociedade mais consciente de seus direitos e também de seus deveres.

(José Dimas Bessornia Presidente do Conseg LOUVEIRA – Conselho Comunitário de Segurança)

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