LOUVEIRA: Projeto Corujinha traz golfe e cidadania para jovens e crianças

O editor da FOLHA NOTÍCIAS, Geraldo Maia, tenta as ‘pegadas’ do golfe

Cerca de 300 crianças moradoras de LOUVEIRA no bairro Monterrey e bairros vizinhos como Arataba, Abadia, e  Engenho Seco, estão aprendendo a jogar golfe gratuitamente e a se comportarem como verdadeiros cidadãos, praticando a ética, respeitando princípios e cultivando valores como disciplina, respeito mútuo, obediência às leis, noção de limite e de companheirismo, e o mais importante, que ninguém é melhor ou pior que ninguém, todos, independentes de raça, credo, crença, sexo, classe social, são todos seres humanos preciosos e de igual valor.

AMOR PELO GOLFE
Mas os mentores desse projeto, único na região, existe graças ao amor da família Costa Lima pela prática do golfe, esporte pouco difundido no Brasil e ainda cercado por um falso conceito de que se trata de um esporte restrito e elitista. A reportagem da FOLHA NOTÍCIAS, através de seu editor Geraldo Maia, esteve no local onde são praticadas as aulas, uma antiga fazenda adquirida por Lauro Costa Lima, que fundou o ‘Coruja Golfe Clube de LOUVEIRA‘, e que hoje recebe o ‘Projeto Corujinha’, justamente porque no local havia uma quantidade muito grande de corujas. O neto do senhor Lauro Costa Lima, João Costa Lima, que juntamente com o irmão Pedro Costa Lima, criou e coordena o projeto esportivo e social, explicou à reportagem que como o avô, amava muito o golfe, resolveu contribuir com o crescimento desse esporte no País. E foi em LOUVEIRA que encontrou o local adequado para realizar o seu sonho de levar o golfe a mais pessoas, principalmente às crianças.

GOLFE É INCLUDENTE
“Meu avô adquiriu essa fazenda no Monterrey com a intenção de criar um campo de golfe, pois o local é muito propício à prática desse esporte por possuir uma natureza exuberante e bastante espaço para a construção de um campo de golfe que proporciona aos seus praticantes um contato direto com a natureza e é um dos poucos esportes no qual os jogadores podem conversar entre si durante as quatro horas de duração de uma partida”, revela João Costa Lima.
“O golfe é um esporte includente porque tem o chamado ‘handicap”, que é usado para determinar a habilidade potencial de um jogador durante o percurso. É usado principalmente para nivelar golfistas com diferentes habilidades, incluindo a todos na partida, novatos e veteranos, jogando de igual para igual. E também favorece aquelas pessoas que são excluídas de outros esportes por não terem habilidade suficiente ou por questões de peso, estatura e condições físicas.”, explica João Costa Lima.

APOIO DA PREFEITURA
No Projeto Corujinha, do ‘Coruja Golfe Clube’, quem cuida da parte técnica é o Pedro Costa Lima, campeão mundial de golfe e várias vezes premiado em diversos campeonatos pelo mundo. Ele conta com a ajuda de Regina Célia, professora de educação física, contratada pelo projeto, e com o professor Danilo, também de educação física, cedido pela Secretaria Municipal de Educação de LOUVEIRA.
Regina Célia esclarece que a Secretaria de Educação também cede ao projeto Corujinha os alunos do 3º ano da escola Ângelo Argenton, vizinha ao clube que fica no bairro de Monterrey, de modo que em vez de fazer as aulas de educação física, vão aprender na teoria e na prática, como jogar golfe. “O transporte dos alunos é o mesmo utilizado para a ida e retorno à escola, e por alguns pais que levam e buscam seus filhos porque querem que seus filhos pratiquem o golfe. Como as aulas duram apenas uma hora, e são realizadas no contra turno, o transporte público de alunos pode ser utilizado sem  problemas”, garante Regina.

Regina Célia, professora de educação física, e professor Danilo

MAIS CIDADÃOS E MENOS PROFISSIONAIS
Mas para o administrador do Corujinha, João Costa Lima, o mais importante é a sustentabilidade do projeto para que sobreviva aos fundadores. “E também não importa tanto a capacidade técnica, mas o principal é comportamento dos alunos porque entendemos que o mundo precisa mais de educação, ética, valores, princípios do que de golfistas. Um grupo de 30 golfistas é menos relevante que 30 pessoas com um caráter excepcional. Queremos com o golfe semear e colher mais educação do que golfistas. É muito gratificante ver quando participamos em um campeonato, como ocorreu no final de semana em Campinas, quando crianças portando os mais caros equipamentos de golfe do mundo sendo vencidas por nossos alunos que dispõem do equipamento básico. O mesmo aconteceu na versão do US Kids em São Paulo, capital, onde os competidores super equipados priorizando a performance, não corresponderam, e os nossos, priorizando o comportamento conseguiram medalhas na classificação por idade, alcançando o quinto lugar”, comemora João Costa Lima.

UMA CHANCE AO GOLFE
E o João manda um recado a todos que queiram conhecer o golfe que visitem o Projeto Corujinha no site www.projetocorujinha.com.br , onde qualquer pessoa pode se inscrever, crianças, adolescentes, e adultos. “Deem uma chance ao golfe para que possa mostrar o que realmente é, e tem capacidade de servir para o bem estar de cada pessoa, inclusive na sua formação. Venham conhecer o projeto, pois com certeza vamos organizar uma maneira para que possam jogar golfe com tranquilidade e dedicação. Estamos aqui no Bairro Monterrey, ao lado da Escola Ângelo Argenton. Conheceçam o golfe e o Projeto Corujinha”, convidou João, que junto ao irmão Pedro, esperam ajudar mais jovens e crianças a entenderem o que é o golfe no esporte e na vida de uma pessoa.

A estrutura é uma das melhores do País

Crianças aprendem brincando e praticando o esporte

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