LOUVEIRA: ‘Sem teto’ dorme fora da ‘Casa Abrigo’ por falta de atendimento
O texto que você vai ler agora é meramente uma propaganda política: “O município de LOUVEIRA elevou investimentos nos últimos anos para a área de assistência social. Uma casa de acolhimento foi criada, logo no início da Administração Junior Finamore, em 2013, com o objetivo de manter pessoas da cidade, antes, em situação de rua, em um espaço equipado para ser o novo lar de cada um, com atividades de reinserção à sociedade. Antigamente, o local era no Jardim Vera Cruz, mas agora, a Administração optou por ampliar ainda mais o espaço e a nova unidade funciona próximo ao Cemitério Municipal, na Estrada Alfredo Strabello, 545″, diz a nota no site da Prefeitura de LOUVEIRA, com grande tom publicitário. Só que a tal Casa Abrigo da Prefeitura de LOUVEIRA até hoje não funciona como deveria. Faltam equipamentos, funcionários e pior…vagas. A Casa não consegue atender mais de 10 ou 12 desabrigados para um período inteiro. Denominado por ‘Novo Caminhar’, o projeto da ‘Casa Abrigo’ é financiado pela Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de LOUVEIRA e não consegue cumprir inteiramente os trabalhos de terapia ocupacional, oficinas de artesanato, e palestras. Entretanto, o abrigo continua a oferecer cobertor, chuveiro, comida e apoio psicológico às pessoas que não possuem casa para morar, ou alguma família para conviver em sociedade.
Pela falta de vagas, é comum passar pela Vila Omizzolo, onde fica a sede, e ver muitos ‘sem teto’ dormindo em frente à Casa Abrigo, ou mesmo em propriedades próximas. “Me disseram para vir até aqui, que me dariam comida, e uma cama para dormir, mas encontrei os portões fechados”, contou José Carlos, o morador de rua da foto, flagrado dormindo num canteiro perto da Casa Abrigo. Mais tarde, a FOLHA NOTÍCIAS flagrou outro ‘necessitado’, que não conseguiu vaga. “Me jogaram para lá e pra cá. Fui na Assistência Social e pediram meus documentos. Aí fiquei esperando lá pra me levarem para essa tal ‘Casa Abrigo’, e me esqueceram. Como é que um morador de rua tem documento, companheiro? Eu já estou na ‘rua da amargura'”, questionou Miliandro Cordeiro, que diz ser de Iracemápolis (SP). “Tive que perguntar para muitas pessoas para chegar até a Casa, mas não me atenderam porque tem que passar pela triagem da Prefeitura. Tá ficando tarde e não tenho onde dormir”, desabafou.
A FOLHA NOTÍCIAS tentou contato com a Secretaria de Assistência Social de LOUVEIRA para explicar tamanho descaso e desrespeito ao ser humano, mas a equipe de reportagem foi orientada à procurar a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, que não retornou as ligações. Enquanto nada se resolve, muita gente vai continuar sem um verdadeiro abrigo.