LOUVEIRA: Sessão dos 50 anos de Louveira quase acaba em pancadaria
Tudo parecia caminhar para um final feliz. A 5ª sessão ordinária da Câmara municipal de LOUVEIRA, realizada dia 31 de março, terça-feira, às 19h45, para homenagear o aniversário de 50 anos de emancipação da cidade, tinha a maioria do seu público formado por pessoas que foram respectivamente agraciadas com moções e medalhas, desde artesãos, religiosos, atletas, jornalistas, aos representantes de algumas das famílias tradicionais responsáveis pelo processo de emancipação do município. Mas, inesperadamente, o cenário mudou e quase que tudo acaba em uma sessão de pancadaria entre os vereadores.
FESTA E CONGRAÇAMENTO
O clima da sessão era de festa e congraçamento, não só pela passagem dos 50 anos de emancipação, mas também em virtude das comemorações de diversos aniversários contemplados pelos vereadores em seis moções, todas de aplausos e congratulações, aprovadas por unanimidade. Teve a moção pelo Dia Internacional do artesão, comemorado em 19 de março, dia de São José, padroeiro da categoria, de autoria da vereadora Clarice Aparecida. O famoso atleta louveirense, Aparecido Vieira (Cido Bala), recebeu moção de autoria do vereador Estanislau Steck pelos 20 anos de carreira do premiado corredor. O aniversário de 78 anos da primeira Igreja Batista de LOUVEIRA recebeu moção de autoria do vereador Alan Chiquetto.
FOLHA NOTÍCIAS: 18 ANOS

18 anos de FOLHA NOTÍCIAS: Marquinhos Deca, o fundador Julliano Gasparini, o atual comandante Geraldo Maia e o vereador Luiz Rosa
O jornal FOLHA NOTÍCIAS, através dos vereadores Marquinhos Deca e Luiz Rosa, foi homenageado com uma moção pela passagem do seu aniversário de 18 anos de atividades jornalísticas em prol do crescimento e do bem estar do povo de LOUVEIRA e região. Os mesmos vereadores foram autores da moção em homenagem ao evento ’24 Horas de Louvor’, promovido pelo Conselho de Pastores (CONSEPAL) e igrejas evangélicas da cidade. E coube ao vereador e presidente da Casa de Leis, Nilson Cruz, a moção em homenagem às famílias que atuaram na emancipação político-administrativa do município.
FAMÍLIAS EMANCIPADORAS
Além das Moções, as famílias emancipadoras de LOUVEIRA também receberam uma medalha alusiva aos 50 anos da emancipação do município, realizada em 21 de Março de 1963. Nomes como Bossi, Steck, Martins Cruz, Niero, Argentieri, Celidônio, Pasti, Bichara, Finamore, Bonesso, Montelatto, Scarance, Cavalli, Burch, Chiquetto, Chicalioni, Prado, Mamprim, Lourençon, Pagoto, Mazzali, Cazarim, Ferraz, Caldana, Samir foram lembrados e muitos se fizeram presentes para receberem as justas homenagens e também homenagearem os 50 anos de emancipação da cidade.
GRANA PARA O EXECUTIVO
Na sessão também foi feita a leitura de três projetos de abertura de crédito adicional suplementar para o Executivo Municipal totalizando a quantia de R$ 34 milhões que serão votados na próxima sessão.
DE REPENTE O CAOS
Logo depois do intervalo da sessão para a entrega das homenagens e a tradicional foto com os vereadores, a sessão foi reiniciada para a votação dos projetos apresentados na Ordem do Dia. Com os projetos aprovados, a sessão se encaminhava para a 2ª fala dos vereadores, quando o parlamentar Marquinhos Deca fez um requerimento verbal pedindo que a 2ª fala não fosse realizada, segundo o mesmo por causa do adiantado da hora, já perto das 23h, o que tornaria necessário uma nova sessão. Levado à votação, o pedido do Marquinhos Deca foi aprovado pela maioria dos vereadores, os votos contra foram de Estanislau Steck, Clarice Aparecida, Alan Jacuí e João Leite.
Surpreso e inconformado com o impedimento do uso da palavra em plena Câmara, Estanislau Steck reclamou dizendo que a medida não passava de uma manobra para evitar que o vereador falasse a respeito da implantação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para investigar as denúncias de corrupção nas obras da Nova Santa Casa, que contou com mais de dois anos de omissão do prefeito Júnior Finamore e de supostos desvios de verba pelo ex-prefeito Valmir Magalhães.
CÂMARA SUBSERVIENTE
O presidente Nilson Cruz então suspendeu a sessão por cinco minutos para consultar o Departamento Jurídico da Casa, que manteve a suspensão da 2ª fala, o que deixou o vereador Estanislau Steck visivelmente irritado, acusando os seus colegas de terem agido em obediência ao prefeito Júnior Finamore. “Essa manobra para impedir a minha fala tem origem na Prefeitura de LOUVEIRA, o que demonstra o quanto a Câmara é subserviente à Prefeitura como um todo. O prefeito está mandando aqui”, acusou Estanislau, sendo rebatido pelo presidente Nilson, que acusou Estanislau de falta de respeito para com a Câmara e para com os seus colegas que votaram a favor da suspensão da 2ª fala. “O vereador Estanislau está equivocado, essa é uma Câmara independente, não obedeço a ninguém, essa acusação demonstra o quanto o vereador não respeita a sua própria Câmara e nem os seus colegas. Na época em que foi presidente Estanislau mandava cortar o microfne dos vereadores. Ele é quem está confundindo as coisas”. A inflamada discussão continuou do lado de fora da Câmara, onde Estanislau gritava com os colegas e ameaçou ir ao Ministério Público. Como a Recepção da Câmara está interditada porque caiu um pedaço do gesso do teto, os vereadores se dirigiram à garagem sob o Anexo onde o bate-boca teve continuidade com Estanislau enfrentando sozinho as acusações de seus colegas e ao mesmo tempo investindo contra os mesmos, acusando os edis de supostamente “serem vendidos ao prefeito Júnior Finamore que, em tese, manipulou os vereadores com o objetivo de impedir que a CEI seja instalada”, afirmou Estanislau. A vereadora Clarice também ficou indignada com o ‘corte’ nas falas dos vereadores. “Esse é o mal exemplo da nossa Democriacia. Uma vergonha. Não gostei do que o Marquinhos fez”, desabafou.