LOUVEIRA: Surge mais um processo de cassação contra Jr. Finamore
Foi protocolado na segunda-feira, 2, pela coligação ‘Louveira pode muito mais’, do candidato e ex-vereador Estanislau Steck (PSD), junto com o presidente do PHS, ex-vereador Paulo Gomes, mais um processo contra o prefeito de LOUVEIRA, Júnior Finamore (PTB), que com esse já coleciona 9 ações, resultando supostamente em sua cassação, o que é considerado um recorde para um primeiro mandato de prefeito no Brasil. Este processo vai se juntar a outros que correm na Justiça e que podem tirar Junior do cargo de prefeito a qualquer momento.
BASE RACHANDO
Segundo fontes não oficiais, e que carece de confirmação, o secretário de Negócios Jurídicos, o dr. Rander Andrade, pediu demissão depois que mostrou ao prefeito Junior Finamore que seria muito difícil ele escapar da cassação do mandato por causa da grande quantidade e da efetividade das ações judiciais movidas contra a administração municipal. Dr. Rander não confirmou a informação, mas disse que pediu exoneração por motivos profissionais.
Outro que pediu demissão por não concordar com os desmandos do prefeito foi o secretário de Água e Esgoto, Sinésio Scarabello, que advertiu sobre a solução da crise hídrica que só teria algum efeito no prazo mínimo de 3 anos, sem contar os enormes problemas que os reservatórios (ainda em construção) vem causando.
SEM APOIO NA CÂMARA
Mesmo na Câmara Municipal de LOUVEIRA o prefeito está perdendo apoio, como foi visto na eleição da nova Mesa Diretiva na qual Finamore perdeu por 9 votos a 4, sendo eleito o vereador Marquinhos do Leite, desafeto da prefeitura por ter encabeçado o movimento que terminou votando apenas 5% de verba para o prefeito usar sem ser preciso passar pela Câmara. É o reflexo de uma cidade dividida e um funcionalismo público insatisfeito com os ditames do prefeito que age com um chicote em uma das mãos e um saco de esmolas na outra.
NOVOS PEDIDOS DE CASSAÇÃO
Em entrevista exclusiva para a FOLHA NOTÍCIAS, Estanislau Steck explicou que logo após a diplomação foi protocolada uma AIME (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) em função dos cargos comissionados contratados ilegalmente e a contratação de uma empresa terceirizada para recolocar os cargos exonerados pela ação da Justiça e que o prefeito Júnior Finamore responde por improbidade e por crime.
“Este último processo, protocolado dia 2, é focado no uso da revista que lançou antes da eleição, a distribuição de jornais com pesquisas falsas, e jornais que foram distribuídos quando na verdade são vendidos em bancas da cidade de Americana, e também a fraude na inauguração da UTI da Santa Casa”, comenta Estanislau. “Essa nova AIME vem para reforçar o trabalho da coligação “Muda LOUVEIRA”, encabeçada pelo jornalista e empresário Julliano Gasparini (PV), através do excelente dr. Ricardo Barbosa que entrou com uma AIJE (Ação de Impugnação Judicial Eleitoral) e obteve uma decisão proferida pela justiça a favor da cassação da chapa Júnior/Neusa, mas como a AIJE permite recurso, o prefeito, através de liminar, conseguiu efeito suspensivo e garantiu a diplomação e a posse como prefeito de LOUVEIRA. Mesmo assim o processo continua, e é só uma questão de tempo para a cassação definitiva de Júnior Finamore. Mas essa segunda AIME não permite efeito suspensivo, nem cabe liminar, e caso seja aceita, a impugnação judicial terá efeito imediato com afastamento e cassação”, garante Estanislau.
SEGUNDO MAIS VOTADO OU NOVAS ELEIÇÕES?
“Estamos tentando anular os votos dados à chapa do prefeito porque fomos os mais prejudicados com os abusos que ele cometeu usando a seus favor a máquina da Prefeitura. Com todas essas ações do prefeito contra o bem público não se permite mais que ele continue no cargo. Ocorrendo a anulação dos votos assume o segundo colocado. Se assim a justiça não entender, então assume o presidente da Câmara que deverá convocar imediatamente novas eleições”, acredita o ex-vereador Steck.
“Acontece que estamos vivendo em LOUVEIRA numa autêntica ditadura que obriga as pessoas a falarem bem do prefeito para não serem demitidas ou não terem suas casas desapropriadas, já que se trata de cargos comissionados, e com o país em recessão e desemprego, as pessoas para se manterem nos cargos com direito a mordomias, se sujeitam à humilhação de irem à Câmara para aplaudir e gritar o nome do prefeito. A administração Jr Finamore cobra e monitora a presença de comissionados e funcionários de empresas terceirizadas a participarem de atos políticos em favor do prefeito, numa clara demonstração de desespero, para se manter a imagem de que ‘está tudo certo com o mandato’. Esse é o clima de terror que domina a cidade. Veja bem, não sou contra ninguém pessoalmente, sou contra o que foi feito nesses últimos 4 anos e contra o fato de termos sido engolidos pelo poder do medo e do dinheiro da máquina administrativa. Temos que por um fim nisso”, opina Estanislau.