LOUVEIRANDO: A Casa da vó da Beatriz

Publicado em 09/07/2017

Há muitos anos eu jovenzinho, um adolescente ainda, frequentava essa casa e gostava tanto das pessoas que ali habitavam, começando por Dona Clemência, sempre muito bonita, Seo Lazinho, a Neusa, que vi no face que é com “s”, o Nando e a mãe da Beatriz, Vera, minha amiga de escola, de brincadeiras felizes, ali naquele canto de LOUVEIRA. Dona Clemência cozinhava muito bem e eu, bom de garfo e um pouco cara de pau, sempre almoçava nesta casa, faz bem lembrar. Minhas lembranças são as melhores possíveis, com muitas árvores frutíferas, muito pular corda, pescar, ir pra aula, que era no Traviú, bairro de Jundiaí, tão longe, quase uma hora a pé. Era tudo muito bom, e íamos rindo naquele tempo de havaianas, de conga, de uniforme, uniforme mesmo. Bem até hoje tenho essas amizades em meu radar, mas o contato maior mesmo é com a Vera, mãe da Beatriz e vó da Gigi, filha do Julliano e da Beatriz e minha colega colunista no Jornal Folha Notícias. Quando passo pelo local, esta foto da casa, me lembro de uma LOUVEIRA, de outra época, de outras gentes, de outros viveres, de quando íamos assistir televisão na casa do vizinho, aquele que tivesse televisão e, a novela Redenção fazia o maior sucesso, tendo em Francisco Cuoco o galã do momento. Minha família morava próximo e, minha irmã Maria Antônia, ‘Tonha’ pra mim, era a costureira de quase todos por ali, tendo na época mais amizade com a Neusa, por serem de idades bem próximas, acho eu. Meu pai, Zé Juca era o aplicador de injeção oficial, todos que precisavam, lá estava ele, a qualquer hora e sempre com a sua simpatia habitual, alegre e feliz. Hoje algumas dessas pessoas já estão em um outro plano, o plano espiritual, mas com certeza são lembradas sempre. A vida é assim e vamos vivendo, as vezes mais felizes, outras mais felizes ainda e algumas, não tão felizes. Essa casa ainda existe, e embora esteja um pouco diferente, coisas do tempo, está firme aqui em LOUVEIRA, e eu que ando muito por aí, a fotografei várias vezes e, todas as vezes ela me remete a vida que vivi quando jovenzinho. Se recordar é viver, então…